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PF indicia José Dirceu e outras 13 pessoas por crimes na Lava Jato

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Após concluir dois inquéritos da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira (1º)  o ex-ministro José Dirceu pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Dirceu, foram indiciados em um dos inquéritos: Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, Roberto Marques, Julio Cesar dos Santos e Camila Ramos de Oliveira e Silva. 

Já no outro procedimento foram indiciados: Milton Pascowitch, José Adolfo Pascowitch, Fernando Horneaux de Moura, Olavo Horneaux de Moura, Renato Duque, João Vaccari Neto, Gerson Almada, Cristiano Kok, e José Antunes Sobrinho.

Com a denúncia da PF, cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitá-la ou não. Se aceita, os denunciados passam a ser réus, respondendo pelos crimes na Justiça.

Dirceu fica calado em CPI

Convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o  ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, foi o primeiro a ser ouvido nesta segunda-feira (31), na série de depoimentos que a comissão marcou para esta semana em Curitiba, onde se concentram as investigações.

Orientado por seus advogados, Dirceu não respondeu às perguntas feitas pelos membros da comissão. O ex-ministro está preso desde o último dia 3, na carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense, acusado pelo Ministério Público Federal de comandar esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras. O representante no Brasil da empresa italiana Saipem, João Antonio Bernardi Filho, segundo a prestar depoimento, também permaneceu em silêncio.

Até quarta-feira (2), a CPI da Petrobras pretende ouvir, em Curitiba, 13 pessoas que são investigadas pela força-tarefa da Lava Jato. Além de Dirceu, foram convocados o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, o presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e o executivo da construtora Elton Negrão de Azevedo.

Na quarta-feira (2), devem ser ouvidos o publicitário Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência Borghi/Lowe, e o empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura. Hoffmann é acusado de intermediar contratos fraudulentos de publicidade com o Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-deputado federal André Vargas. Moura é apontado pela PF como representante do ex-ministro José Dirceu na Petrobras.

Além dos depoimentos, a CPI pretende fazer, na quarta-feira, a acareação entre o empresário Augusto Ribeiro Mendonça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.