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Rodrigo Janot defende a delação premiada e diz que delator não é dedo-duro

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu o mecanismo de delação premiada, amplamente usado nas investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo ele, ao contrário do que muitos dizem, o delator não é pode ser considerado um “dedo-duro, X9 ou alcaguete” .

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O procurador esclareceu que o colaborador tem primeiramente que confessar a prática do crime e dizer quais pessoas estão também envolvidas nos delitos. Além disso, o acordo deve ser feito de forma espontânea e, se ele imputar a alguém falsamente um fato criminoso, também estará cometendo outro crime.

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-  Não se pode usar o mero depoimento do delator como prova. Isso não é suporte para denúncia. Compete ao Ministério Público comprovar. Aí, sim, ganha força o processo. É uma questão técnica. A delação premiada tem a vantagem de acelerar e muito as investigações. É um instrumento poderoso - opinou.

Rodrigo Janot também fez questão de destacar que somente 20% dos acordos de delação realizados no âmbito da Lava Jato foram feitos com acusados presos, o que exclui a possibilidade de os investigados estarem aderindo a acordos submetidos a pressão, conforme alegam alguns advogados de defesa.