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Cidades de 15 estados têm atos por democracia

Cunha e ajuste fiscal são principais alvos dos protestos

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Em uma quinta-feira marcada por atos populares contra o impeachment, a favor da democracia, e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, manifestantes já ocupam as ruas de 15 capitais: AC, AL, AP, BA, CE, ES, GO, MS, PA, PB, PE, PR, RJ, RS e SP. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com outras entidades, convocou movimentos em 23 estados brasileiros. 

Pela manhã, ao menos dez cidades, de dez estados, receberam manifestações contra o impeachment. Segundo números de organizadores, o maior ato foi na capital paranaense, onde 5.000 pessoas teriam participado da passeata (a PM estima o número de presentes em 600). 

Até agora, as manifestações foram realizadas nas seguintes cidades:

- Belém (PA) - Organizadores dizem que houve 1.500 presentes, mas segundo a PM, foram 300.

- Campo Grande (MS) - Mil pessoas, segundo a CUT (a PM não divulgou sua estimativa). 

- Curitiba (PR) - Cerca de 5.000 manifestantes, segundo organizadores. PM diz que foram 600.

- Fortaleza (CE) - Organizadores estimam em mil presentes (PM não divulgou números).

- João Pessoa (PB) - Manifestantes se concentraram no centro e partiram para Campina Grande. Não houve divulgação de estimativas.

- Maceió (AL) - Organizadores afirmam que 3.000 pessoas participaram do evento. A PM não divulgou estimativa.

- Petrolina (PE) - "Dezenas de manifestantes", segundo organizadores, participaram de passeata no centro da cidade pernambucana.

- Ribeirão Preto (SP) - Cerca de 400 manifestantes fizeram marcha no município paulista, segundo o MST.

- Rio (RJ) - Por volta de 300 pessoas participaram do ato na capital fluminense. A PM, que levou 55 homens para acompanhar a manifestação, não divulgou uma estimativa. 

- Salvador (BA) - Cerca de cem pessoas participaram do ato pela manhã. Outra manifestação está marcada para a tarde.

Em Campo Grande, professores municipais e trabalhadores ligados à CUT entoaram gritos de “não vai ter golpe”. A manifestação teve fim às 11h. O ato de Salvador foi o segundo a terminar, às 11h45, quando os manifestantes chegaram à sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

Às 12h, a manifestação de Fortaleza foi encerrada em frente à reitoria da Universidade Federal do Ceará. Lá, professores em greve criticaram o ajuste fiscal proposto pelo governo. Segundo a organização, participaram do movimento mil pessoas.

Em Curitiba, o protesto teve fim por volta das 13h. De acordo com as centrais sindicais e movimentos sociais organizadores, o ato contou com aproximadamente 400 manifestantes se expressando de forma pacífica. Assim como em Fortaleza, a Polícia Militar não divulgou sua contagem de participantes.

Em Maceió, o movimento, que durou duas horas, também teve fim às 13h. A PM informou que cerca de 500 pessoas participaram de uma caminha pró Dilma. Para a CUT, número é mais alto e chegou a 1,2 mil manifestantes. Para encerrar as atividades, que criticaram Cunha e a política empregada pelo ministro Joaquim Levy, os presentes organizaram um abraço simbólico em frente ao Palácio República dos Palmares, sede do governo de Alagoas. 

Está em andamento um movimento na Paraíba, no qual manifestantes se encontraram no Parque Solon de Lucena, no centro de João Pessoa, e se deslocam em direção à Campina Grante, no agreste paraibano. 

Em Porto Alegre, o PT e partidos da base aliada preparam uma caminhada para as 17h. Neste momento, estão reunidos na Paróquia Pompéia, na região central. São cerca de 1,5 mil militantes, representantes de classe e membros de movimentos sociais.

Protestos contra o impeachment da presidente Dilma também estão previstos em Belo Horizonte. Na capital mineira, a concentração será às 16h, na Praça Afonso Arinos. Até o momento, 1.170 pessoas estão confirmadas em um evento criado na rede social Facebook para divulgar o ato.

Em São Paulo, os movimentos esperam levar mais de 50 mil pessoas às ruas. Até ontem estavam confirmados 350 ônibus para o transporte dos manifestantes até o Largo da Batata, local da concentração, às 17h. De lá seguem até a Avenida Paulista, passando pelas Avenidas Faria Lima e Rebouças.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que "é a maior manifestação que já tivemos porque reúne todas as capitais, outras cidades, movimentações em defesa da democracia contra o golpe e também para movimentos sociais apresentarem suas mobilizações por mudanças". "É preciso que o país defenda movimentos para avançar", diz. "Há um congresso de maioria conservadora e pra se realizar reformas é preciso que haja mobilização popular", acrescentou.

No Rio de Janeiro, o ato teve concentração na Candelária, no Centro da cidade, às 16h.-Alternando gritos de "Fora Cunha" e "Não vai ter golpe", os manifestantes iniciam a caminhada pela avenida Rio Branco em direção à Cinelândia. O trânsito pela via está interrompido. 

>> Movimentos vão às ruas pela democracia e contra pautas conservadoras