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Protesto em Brasília reuniu cerca de 25 mil pessoas, segundo a PM

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Cerca de 25 mil pessoas participaram da manifestação deste domingo em Brasília, segundo a PM, público semelhante ao de abril. Em março, a PM estimou público entre 45 mil e 50 mil pessoas. Já os organizadores dizem que o número foi de 50 mil. O protesto terminou por volta das 12h29, quando o carro de som anunciou o final do ato e os manifestantes começaram a se dispersar.

A Polícia Militar informou que a passeata transcorreu sem incidentes. Ninguém foi preso. Os manifestantes saíram do Museu Nacional e chegaram ao Congresso Nacional.

Um dos caminhões de som puxou uma salva de palmas para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Havia vários cartazes com críticas à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula, além de faixas com "Fora Cunha", em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras.

Comerciantes que se aglomeraram na entrada da Esplanada dos Ministérios, vendendo bandeiras do Brasil, camisetas, chapéus e até "paus de selfie", contaram que tiveram prejuízos. As bandeirinhas custavam R$ 5 cada, mas os produtos encalharam. 

A manifestação também serviu de palco para que diversas categorias reforçassem seus pleitos. Servidores do Judiciário, em greve, e da Polícia Civil do Distrito Federal deram depoimentos pedindo a valorização das carreiras. Representantes da Fundação dos Economiários Federais aproveitaram o momento para cobrar a efetividade da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investiga supostas irregularidades nos fundos de pensão de estatais.

O coordenador do Movimento Vem pra Rua em Brasília e professor universitário, Jailton Almeida, considerou o protesto positivo. "A população continua vindo para a rua em um aumento crescente. Na manifestação de 12 de abril, contabilizamos 35 mil pessoas. Hoje, foram 80 mil." A Polícia Militar do Distrito Federal, entretanto, informou que 25 mil pessoas integraram a manifestação de hoje.

O pesquisador Fábio Freitas, 46 anos, participou do protesto acompanhado dos dois filhos e do cunhado, mas esperava a vinda de mais pessoas para as ruas na capital federal. "Pelo tanto que o pessoal tem reclamado, achei que veio pouca gente", disse.

O espelho d'água do Congresso Nacional, tradicionalmente ocupado por ativistas em manifestações na Esplanada dos Ministérios, hoje virou piscina para as crianças. Poucos manifestantes se animaram a entrar na água. O corajoso Lucas, 7 anos, desafiou o verde e amarelo dominante e entrou na água de camiseta vermelha. Lucas é filho de manifestantes.


Com Agência Brasil