ASSINE
search button

Eduardo Cunha diz que determinará à Procuradoria da Câmara interpelar Catta Preta

Advogada afirma estar sofrendo ameaças de parlamentares da CPI

Compartilhar

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu o silêncio sobre a polêmica causada pelas declarações da advogada Beatriz Catta Preta de que estaria sofrendo ameaças veladas de parlamentares que integram a CPI da Petrobras. "A sua acusação [de Catta Preta] atinge a CPI como um todo e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por issso", afirmou Cunha na manhã deste sábado (1/7), pela sua conta no Twitter. 

O deputado anunciou ainda que determinou a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados que faça uma interpelação judicial para que a criminalista diga detalhes sobre as supostas ameaças. O jurista Célio Borja, ex-ministro do Superior Tribunal Federal, ex-ministro da Justiça, ex-secretário do Estado da Guanabara, ex-presidente da Câmara dos Deputados, disse nesta sexta (31/7) que as denúncias feitas pela advogada de que estaria sofrendo ameaças de integrantes da CPI precisam ser "imediatamente investigadas". Borja destacou que a comissão pode continuar a funcionar até que se comprove a veracidade das ameaças.

>> Célio Borja: 'Denúncia de Catta Preta tem de ser imediatamente investigada'

A advogada Beatriz Catta Preta, defensora de nove delatores da Operação Lava Jato, afirmou, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Globo, que pretende abandonar a profissão por se sentir ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, considerou esta decisão da advogada uma denúncia grave. "Evidentemente é uma denúncia grave e caberá ao Ministério Público Federal, que conduz a questão das delações premiadas, tomar as decisões cabíveis para apuração", afirmou.

>> Cardozo considera 'grave' denúncia de advogada de delatores da Lava Jato

>> Ex-advogada de delatores diz que se sente ameaçada e vai abandonar profissão