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Lava Jato: Petrobras vai receber mais de R$ 69 milhões desviados

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A Justiça Federal determinou a devolução de mais de R$ 69 milhões à Petrobras. O valor é equivalente a 80% do montante de quase 29 milhões de dólares (R$ 86,9 milhões) repatriados em abril deste ano. Os outros 20% ainda permanecem à disposição da Justiça Federal para eventual existência de outros lesados a serem indenizados após sentença condenatória.

A devolução do dinheiro será feita em cerimônia simbólica na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. O evento terá a presença do procurador-geral da República, Rodrigo Janot; do procurador-chefe da Procuradoria da República no Rio de Janeiro (PRRJ), Lauro Coelho Junior; e dos procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo Cardoso de Freitas e Daniella Sueira, que atuam na investigação criminal de fatos relativos aos contratos entre a empresa holandesa SBM Offshore e a Petrobras.

Entenda o caso

A maior parte do dinheiro repatriado é fruto de propinas recebidas por Pedro José Barusco Filho, entre 1999 e 2012, em função de contratos da Petrobras com a SBM Offshore, fornecedora de FPSOs (navios-plataforma). Barusco exerceu cargos de gerência na Diretoria de Exploração e Produção de 1995 a 2003, quando assumiu o cargo de gerente-executivo de engenharia na Diretoria de Serviços da Petrobras, que exerceu até 2011.

O valor estava depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal - CEF, à disposição da Justiça Federal no Rio de Janeiro. Anteriormente, o dinheiro estava bloqueado em bancos suíços, por determinação do Ministério Público daquele país, que aceitou a argumentação do MPF em favor de sua liberação para o Brasil. Esses recursos fazem parte dos cerca de 97 milhões de dólares restituídos por Pedro Barusco.