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Dilma: ‘As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Eu não estou’

Presidente disse que "vai fazer o diabo" para reduzir os impactos da recessão

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A presidente Dilma Rousseff, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira (7/7) desafiou os que defendem seu impeachment a provar que ela algum dia "pegou um tostão" de dinheiro sujo.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", disse a presidente.

Segundo Dilma, não há base para cair: “Isso do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real”. "Não me atemorizam", acrescenta.  Ela também descartou a hipótese de renúncia.

A presidente disse ainda que respeita muito o ex-presidente Lula, mas que não me sente “no volume morto”. “Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país”.

A presidente Dilma afirma ter cometido erros no seu primeiro mandato (2011-2014), mas não coloca na lista as pedaladas fiscais. "Eu não acho que houve o que nos acusam", afirmou a petista sobre a análise que o Tribunal de Contas da União (TCU). "É interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes antes de nós”.

Ela disse ainda que "vai fazer o diabo" para reduzir os impactos da recessão econômica e revelou que o governo prepara outras medidas fiscais para compensar as mudanças recentes feitas pelo Congresso: "Até o final do ano vou fazer o diabo para fazer a menor [recessão] possível. Já virei um pouco caixeiro viajante, vou continuar"