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Dilma: reajuste para servidores do Judiciário é "insustentável"

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Após visitar o Complexo do Google, em São Francisco, na Califórnia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (1) que o reajuste de até 78% aprovado pelo Senado para os servidores do Judiciário é "insustentável". "Nós achamos lamentável, até porque é insustentável para um país como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", criticou.

Dilma não informou se irá vetar ou não o projeto, que prevê um aumento entre 53% a 78,56% , de acordo com a função exercida por cada servidor. Pelo projeto, o reajuste será escalonado, de julho de 2015 até dezembro de 2017, e o pagamento será feito em seis parcelas.

Segundo a presidente, o reajuste aprovado pelo Senado compromete o ajuste fiscal, proposto no início do ano pelo governo com o objetivo de reduzir gastos e reequilibrar as contas da União."Como estamos na democracia é assim: tem dia que você ganha e tem dia que você perde. Mas nós ainda teremos oportunidades de avaliar como vai ser a questão do aumento. Agora, de fato, compromete o ajuste fiscal", disse.

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No entanto, Dilma agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação das medidas de ajuste fiscal. "Parte expressiva do ajuste foi aprovada. Então, eu acho que tem hora que criam um clima que não existe. Ora a gente perde, ora a gente ganha", enfatizou.

Pela manhã, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, já tinha declarado que o aumento dos servidores do Judiciário é "incompatível" com o atual cenário econômico do país e deve ser vetado pela presidente. Segundo o Ministério do Planejamento, o aumento custará R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos. 

Após visitar o Complexo do Google, a presidente Dilma se reuniu em São Francisco com a ex-secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice.