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Médico de Joaquim Levy confirma que não autorizou sua viagem

Contudo, nos EUA, ministro diz que não desobedeceu ordem e questionou diagnóstico

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O pneumologista Arthur Vianna, que atendeu o ministro Joaquim Levy na noite de sexta-feira (26), confirmou ao JB neste domingo (28) o quadro de embolia pulmonar e ratificou que desaconselhou o ministro a viajar para os Estados Unidos. "Ele me desobedeceu sem dúvida. Poderia agravar a doença. Ele sofreu um risco grande, podia aumentar a doença pré-existente", reforçou Vianna.

Ao chegar a Nova York, onde acompanha a presidente Dilma Rousseff e demais ministros em viagem oficial, Levy contradisse a orientação, afirmando que não havia descumprido nenhuma recomendação: "Sou muito obediente", completou. Ele ainda pôs em dúvida o diagnóstico médico de embolia pulmonar: "Não, acredito que não."

"Ele é uma figura", brincou Vianna. "Certamente falou isso num momento de descontração. Eu não autorizei a viagem. Acredito que ele estava aliviado por ter chegado bem aos Estados Unidos e, por isso, fez esta brincadeira."

Vianna esclareceu que Levy apresentou, de acordo com a tomografia, um trombo na artéria pulmonar direita, e que os exames apresentavam um quadro pior do que seu estado clínico. "Ele estava clinicamente bem, mas não recomendei a viagem porque isso poderia agravar o quadro. Ele já me ligou dos Estados Unidos e está tudo bem", disse, acrescentando que Levy viajou sem acompanhamento médico e que também não está sendo acompanhado nos EUA. "Eu não me prestaria a este papel uma vez que eu contraindiquei a viagem. Também não fiz nenhum relatório médico para viagem, que seria praxe, porque não autorizei a viagem."

Vianna acrescentou ainda que Levy está tomando medicação anticoagulante, o que gradativamente vai diminuindo o risco de nova embolia, e quando ele precisar tomar o voo para voltar ao Brasil o risco já terá passado.