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PMDB e PT hoje têm mais divergências que convergências, afirma Cunha

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a reforçar as diferenças entre PMDB e PT, nesta segunda-feira (15), após ter afirmado no domingo que seu partido não repetirá aliança com o PT.

"A gente fica aliado a alguém quando as convergências são maiores que as divergências. Hoje, eu acho que as divergências estão maiores que as convergências", disse Cunha, que participou de encontro com empresário do varejo na capital paulista. Ele reiterou a posição do fim de semana e disse que a aliança com o PT não deve se repetir.

"Dificilmente a aliança será renovada. Pelas circunstâncias do desgaste. É o que eu falei: já é um modelo ultrapassado, desgastado, nós temos divergências enormes", afirmou.

'PMDB não repetirá aliança com o PT', diz Eduardo Cunha

Cunha afirmou pelo Twitter, domingo (14) que existe o compromisso do PMDB com o país e a "estabilidade", mas isso não seria a mesma coisa que se "submeter a humilhação do PT". Neste sábado (14), teve fim o Congresso do PT em Salvador, que teve a ruptura com o PMDB proposta em teses, derrubadas na votação pela corrente majoritária, mas que fez duras críticas ao deputado. 

>> Em Congresso do PT, Cunha é hostilizado e propostas econômicas têm destaque

"O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei [...] que essa aliança não se repetirá. Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança. Não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte", escreveu Cunha na rede social.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo publicada neste domingo (14), Cunha voltou a antecipar que o partido deve "buscar seu caminho em 2016" e não deve entrar novamente em uma candidatura do PT . "Este modelo PMDB como PT está esgotado."

"O PMDB fez parte do processo de reeleição, faz parte do governo, mas não é para dizer amém a tudo o que acontece. O PMDB dificilmente repetirá a aliança com o PT em algum momento. Não repetirá. Este modelo está esgotado", disse Cunha, quando questionado se seu partido seria governista ou oposicionista.

Cunha destacou que o partido tem a "obrigação de dar "sustentabilidade política" ao governo de Dilma, mas que vai "buscar o seu caminho em 2018". "Quando o governo entra em pautas que não são propriamente dele, como o caso da (redução) da maioridade penal, faz disso um cavalo de batalha, comete um erro. O governo quis mergulhar em algumas derrotas propositalmente", arriscou Cunha.

Sobre o fato do país estar sob o regime do "parlamentarismo branco" e não do presidencialismo, disse que não, e destacou ainda que "não é o PT que está com impopularidade por causa dela (Dilma)", mas o contrário.