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Wadih Damous: "PT errou, mas isso não justifica campanha de criminalização" 

Deputado também defende candidatura própria ao governo do Rio de Janeiro

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O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) disse nesta sexta-feira, durante o congresso nacional do PT, em Salvador, que o evento acontece em um momento difícil da vida do partido. "Esperamos daqui novos rumos para seguirmos em frente". "O PT sofre acusações que são fruto de perseguição, de intolerância, isso sem querer dizer que não erramos, porque erramos sim, e a tarefa de governar nos levou a determinados equívocos apontadas por outros partidos, mas isso não justifica a campanha sistemática de criminalização do PT de forma clara com o objetivo de colocá-lo na ilegalidade", afirmou Damous.

"Acho que a militância vai sair daqui mais aguerrida. A campanha de arrecadação faz com que recuperemos uma parte da fundação do partido, enfim, estou esperançoso de sair daqui com mais conscientização das dificuldades, mas com ânimo, sem o certo espírito de vira-lata que o partido teve ultimamente, de apanhar e ficar acuado. Vamos sair daqui com a cabeça erguida", acrescentou o parlamentar.

Wadih Damous também defendeu o lançamento de uma candidatura própria do PT ao governo do estado do Rio de Janeiro. "Há companheiros que continuam defendendo uma aliança com o PMDB, outros que defendem uma candidatura mais a esquerda e outros ainda que apoiam uma candidatura própria. Eu acho que o  PT deve pensar em uma candidatura própria e deixar as alianças para as circunstâncias, se houver necessidade. O que não podemos aceitar é que fiquemos a reboque das alianças, que os parceiros hegemonizem estas alianças, o que de uma certa forma aconteceu ao longo destes anos com a aliança com o PMDB. Quanto a um candidato para o Rio, não faço a menor ideia", concluiu Damous.

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Arlindo Chinaglia diz que PT não pode se omitir

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) também se posicionou sobre o papel do PT ao longo dos últimos anos. "Temos consciência daquilo que o PT proporcionou ao país do ponto de vista da geração de renda, de programas sociais. Mas nem tudo saiu como a gente queria. Como a Petrobras, com os fatos graves que prejudicou o partido de uma forma que jamais imaginamos. Nós não podemos nos omitir, especialmente pelo seu papel de grande importância no mercado internacional. A intenção do grupo dos 35 deputados é buscar uma unificação - partido e governo", disse. 

"O partido só tem sentido de existir na medida em que tiver condições de defender os excluídos. Mas primeiro precisa recuperar a autoridade que sempre teve, em consonância com a sociedade. Vamos combater a corrupção, e outros medidas necessárias para fortalecer o partido", enfatizou.

Paulo Teixeira: PT mudou a realidade brasileira

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que o Partido dos Trabalhadores conseguiu mudar a realidade brasileira, mas agora precisa realizar um novo ciclo para continuar a ser uma referência para a classe trabalhadora brasileira. "Isso só será possível com o congresso constituinte, para rever o modelo atual de organização do partido". 

"No ambiente interno do PT temos que recuperar o caráter pedagógico de um partido socialista, com total transparência dos recursos, e rever a relação com a sociedade civil", disse.

Paulo Teixeira ressaltou que este governo é o que vai implementar o programa histórico do PT. "Na política econômica, ele tem que fazer tudo para retomar o crescimento, para proteger o salário, para proteger o emprego e o mais pobre, que o custo desse ajuste tem que ser colocado no andar de cima".