ASSINE
search button

Molon: "Para continuar com avanços, PT precisa mudar a si mesmo"

Compartilhar

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) disse nesta sexta-feira, durante o congresso do Partido dos Trabalhadores, em Salvador, que para o Brasil continuar a avançar, na inclusão, na geração de renda, educação nas universidades e escolas técnicas, o PT precisa mudar a si mesmo. "Ao longo destes anos cometemos muitos acertos, mas também muitos erros. Precisamos reconhecê-los e combatê-los dentro do próprio partido. Queremos reestruturar o partido por dentro, por isso queremos um congresso em novembro para reafirmar o nosso compromisso com o Brasil, aprovar as nossas propostas de institucionalizar  o programa do partido para o país e reformular o seu método de decisões internas, substituindo o atual processo, que entendemos que está superado, protegido dos vícios que este já enfrentou", afirmou Molon. 

"Entendemos que este congresso não tem acúmulo suficiente para realizar todas as mudanças que são necessárias, apresentar um novo programa para o pais, reformular internamente o PT, para adotar uma nova forma de decisão de eleições. Para isso acontecer de forma madura é preciso discutir com a base, e realizar em novembro um outro congresso, para realizar mudanças profundas", acrescentou. 

Segundo Molon, algumas decisões seriam tomadas agora em Salvador, e outras em novembro, nesse congresso constituinte, que vai lançar um novo manifesto do partido no pais, reavaliar o Brasil, os melhores caminhos para o país, para mudar a sua forma de organização interna que está superada. "São seis propostas: a formação deste congresso constituinte, que vai eleger nova direção, a substituição do processo de eleição interna, adotar um sistema compartilhado de finanças do PT dando transparência total às atividades, tudo online, reforçar o nosso combate à corrupção, expulsando do partido quem tiver praticado ato de corrupção, intensificar a campanha por reforma política, esclarecer ao pais a importância de se proibir doações de empresas a campanhas políticas e reavaliar a sua politica de alianças para 2016 e 2018  para fazer alianças de esquerda em direção ao centro", ressaltou o parlamentar fluminense. 

Alessandro Molon disse ainda que seria muito importante voltar a dialogar com setores da sociedade, que ficaram decepcionados, desiludidos com erros cometidos por integrantes do partido. "Nós queremos corrigir isso e dizer que não temos compromisso com isso. No PT há uma maioria decidida a isso. Somos solidários ao governo Dilma, mas queremos fazer um pais melhor, com ferramentas certas e reformas", explicou. 

Já a deputada Benedita da Silva disse que os ajustes fiscais promovidos pelo governo não afetarão os projetos sociais, que são da maior importância para o país. "Com relação à questão de fazer os ajustes para equilibrar a economia, podemos até ter diferentes visões, mas compreendemos perfeitamente esse projeto que ai está. A própria presidente já garantiu que os projetos sociais, de maior importância, não serão prejudicados por estes ajustes. Estas questões são temporárias, já está havendo esse equilíbrio. Conseguimos superar bem uma crise internacional, vamos encontrar o melhor caminho", salientou. 

Benedita enfatizou que "o partido é o partido, diferente do governo, mas o PT tem o direito de sugerir ao governo, e o governo de ser o partido, as reflexões são feitas aí".