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Romário comemora CPI da CBF e defende 'devassa' na entidade

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“Este é o momento oportuno para fazermos uma devassa na CBF”, afirmou o senador Romário (PSB-RJ) ao comemorar a criação da comissão parlamentar de inquérito que vai investigar a Confederação Brasileira do Futebol (CBF). O pedido de criação da CPI já foi lido em Plenário. Agora, os líderes indicarão os nomes dos componentes da comissão.

Romário parabenizou a polícia da Suíça e o FBI pela prisão, na quarta-feira (27), de dirigentes da Fifa acusados de participar de um esquema de corrupção que movimentou US$ 150 milhões nos últimos 20 anos. Um deles é o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Segundo Romário, as investigações do FBI apontam indícios de que parte das propinas pagas a Marin foi compartilhada por outro ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e pelo atual presidente da entidade, Marco Polo del Nero. De acordo com as informações divulgadas por autoridades dos Estados Unidos, tais propinas, no valor de R$ 2 milhões por ano, estão relacionadas com suborno pago por duas empresas de marketing esportivo pela exploração comercial da Copa do Brasil.

"Acredito que, com essa possibilidade dessa CPI nesta Casa, a gente possa realmente fazer um trabalho sério, corajoso e honesto, e que o resultado seja um só: que definitivamente o futebol brasileiro seja moralizado. Na verdade, dois resultados: que todos aqueles que praticaram crime durante esses anos todos e se enriqueceram ilicitamente paguem pelos seus crimes, principalmente sendo presos", afirmou o senador em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (28).

Romário suspeita que o suborno envolvendo a CBF se estenda ainda a contratos relativos à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, realizadas no Brasil respectivamente em 2013 e 2014. Ele disse que diversas reportagens já haviam denunciado a prática de evasão de divisas e sonegação fiscal por parte da CBF.