A Justiça Federal aceitou as denúncias contra os ex-deputados federais André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa e Luiz Argôlo, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. Os quatro foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF, Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio. Ele foi denunciado por 280 atos de corrupção passiva. Os valores envolvidos nestes atos são de R$ 398.645.680,52. Foram denunciados ainda 569 atos de lavagem de dinheiro, e 123 atos de peculato do ex-deputado. Depois que Corrêa deixou de ser deputado, os repasses eram feitos com auxílio de funcionários de Aline Corrêa, sua filha, que exercia mandato no Congresso.
Já Luiz Argôlo, segundo os procuradores, criou uma relação de sociedade com o doleiro Alberto Youssef. Argôlo foi denunciado por dez atos de corrupção. Os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.603.400,00. Foram denunciados ainda dez atos de lavagem de dinheiro e 93 atos de peculato do ex-deputado.
No caso de André Vargas, o MPF explicou que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. De acordo com as investigações, o total do dinheiro repassado por Vargas chega a R$ 1,1 milhão.