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Massacre de professores derruba secretário de Segurança do Paraná

Fernando Francischini deixa cargo após repercussão negativa da ação truculenta dos policiais

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Após o massacre de professores durante manifestação no dia 29 de abril, o Governo do Paraná, do tucano Beto Richa, anunciou nesta sexta-feira (8) a saída do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini

O confronto de PMs com os educadores durante protesto ganhou forte repercussão, até no exterior. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas com a ação truculenta dos policiais. Contudo, para Beto Richa, o massacre registrado contra os professores foi uma "reação natural da proteção da vida", e um revide, já que segundo ele, quem agiu com truculência não foi a polícia, mas sim os manifestantes.

De acordo com o governo estadual, Franscischini pediu demissão. Para o seu lugar assume Wagner Mesquita, delegado da Polícia Federal que atuava como coordenador da Área de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. 

A ação da PM já havia derrubado o comandante geral da Polícia Militar (PM) do Paraná César Vinícius Kogut, que entregou o cargo no fim da tarde de quinta-feira (7). Além dele, a repercussão da ação dos policiais derrubou também o secretário de Educação Fernando Xavier Ferreira.

Os professores faziam manifestações no entorno da Assembleia Legislativa do Paraná na tarde de 29 de abril, quando foram surpreendidos por bombas e violência policial. Nem mesmo jornalistas e políticos escaparam. O cinegrafista da Rede Bandeirantes, Luiz Carlos de Jesus, e o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) foram mordidos por cães treinados pela Polícia Militar. Cães estes que atuam sob o comando dos agentes de segurança pública, que, por sua vez, atuam sob o comando do governo estadual. 

Bombas também foram jogadas de um helicóptero do comando da Polícia Militar que sobrevoava a Assembleia Legislativa. Houve discussão entre os deputados de oposição e o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano.

Até o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) se mostrou surpreso com a violência da PM de Beto Richa: "Parece uma praça de guerra", publicou o político em seu twitter pessoal.

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As cenas chocantes tiveram grande repercussão na mídia internacional, que destacou a violência da polícia.

Confira a repercussão:

>> The New York Times: At Least 150 Are Injured as Police Clash With Teachers

>> Clarín: Más de 200 heridos tras un violento choque entre profesores y la prefectura de Brasil

>> BBC: Violent clashes at Brazil teachers' protest in Curitiba

>> El País: Más de 200 heridos en una protesta de profesores en Brasil