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Protestos no Dia do Trabalho em SP opõem lideranças em relação à Lei da Terceirização

Ato da Força teve Aécio, Cunha e Manoel Dias; Já ato da CUT contou com ex-presidente Lula

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical promoveram atos neste feriado do Dia do Trabalho, sexta-feira (1°), na cidade de São Paulo. Principal tema de debate no país atualmente, o projeto de lei que visa regulamentar a terceirização coloca as centrais em lados opostos nessa discussão.

A Força Sindical, apoiada pelo senador Aécio Neves (PSDB), e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é favorável à aprovação do projeto que agora tramita no Senado Federal. Segundo a Força, a mudança na lei irá dar garantias aos trabalhadores que já são terceirizados. Já a CUT, apoiada pelo ex-presidente Lula, é contrária à aprovação da lei, alegando que os trabalhadores irão perder direitos e salários. A CUT também ameaça convocar uma greve geral caso o projeto seja aprovado.

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Ato da Força Sindical

O ato da Força, que aconteceu na Zona Norte da capital paulista, teve início por volta das 12h. Segundo o senador Aécio Neves, o Senado irá aprimorar o projeto e “propor um limite” para as atividades que podem vir a ser terceirizadas.

Também marcaram presença no ato da Força Sindical, o deputado federal Paulinho da Força (SD), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Segundo afirmou o ministro durante o ato, o governo não quer que o projeto “precarize” os direitos dos trabalhadores.

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Ato da CUT

O ato, organizado pelas centrais CUT, CTB, Intersindical e movimentos sociais de diversas áreas, como o direito à moradia, o direito à terra e a democratização da comunicação serviu para o lançamento de uma frente unificada de movimentos de esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no Congresso Nacional. "Vamos reunir os movimentos de mulheres, negros, pela educação, pela causa LGBT, diversos movimentos sociais, e montar uma frente unificada em defesa do Brasil, contra a direita conservadora. Diremos não à intolerância no Brasil, e não deixaremos que mexam nos nossos direitos. Como disse o ex-presidente Lula, que não ousem mexer nos direitos da classe trabalhadora", afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT, antes da fala de Lula.

Segundo a estimativa da CUT, cerca de 20 mil pessoas participavam do evento no início da tarde, entre elas, o ex-presidente Lula.

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Entre as reivindicações do ato estão a defesa da Petrobras, a reforma política e a não aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização.

As centrais e movimentos presentes aprovaram a realização de um dia de lutas em 29 de maio para manifestar seu repúdio ao projeto de lei 4330, que permite a terceirização de todos os postos de trabalho no Brasil. Será articulada ainda uma marcha a Brasília para o dia em que o Senado abrir a votação sobre o projeto.

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