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Mercadante nega interferência do Planalto no Banco Central

Ministro da Casa Civil também disse que pesquisa Ibope mostra que "fotografia não é boa"

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Após participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e representantes de montadoras de automóveis com fábricas no país, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defendeu o modelo de autonomia operacional, mas não formal, do Banco Central (BC). "Nunca houve interferência na autonomia operacional do Banco Central", disse Mercadante. 

A declaração vem um dia depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter sugerido ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que a independência formal do BC seja incluída no ajuste fiscal em meio às negociações sobre o projeto que altera o indexador da dívida dos Estados e municípios.

Segundo Mercadante, o problema fundamental do governo neste momento é o equilíbrio fiscal. "Temos problemas nas contas públicas, não no sistema financeiro", disse.

A reunião com representantes das montadoras teve o objetivo de consultar o setor sobre medidas que o governo pode adotar para aumentar a competitividade e incluir o segmento no Plano Nacional de Exportações, a ser lançado.

>> Ibope: Governo Dilma Rousseff tem aprovação de 12% 

Ministro comenta pesquisa CNI/Ibope

Aloizio Mercadante também comentou a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, e que mostra que a aprovação do governo é de 12%. O ministro afirmou que a pesquisa indica que a “fotografia não é boa”. Segundo ele, o resultado exige do governo “humildade” e “trabalho”. Apesar do resultado, Mercadante acredita que o "filme" ao fim do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff "vai ser muito bom".

Segundo Mercadante, a pesquisa é um indicador que deve ser analisado como uma “fotografia” do atual momento e mostra também que o governo deve trabalhar "mais" e dar "mais atenção" a alguns fatores, como o caminho para a retomada do crescimento econômico.

“O governo tem que ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é para quatro anos e três meses de governo. É apenas o início de um processo. Portanto, a fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, disse.