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CPI da Petrobras aprova convocação de tesoureiro do PT e presidente do BNDES 

Ex-presidente da estatal Graça Foster presta depoimento na quinta-feira

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A CPI da Petrobras aprovou 54 requerimentos do deputado André Moura (PSC-SE), entre os quais a convocação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Segundo Moura, Coutinho tem de esclarecer os financiamentos concedidos à empresa Sete Brasil, uma das fornecedoras da Petrobras. A Comissão também aprovou a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, delator da Lava Jato.

Também foi aprovado um novo depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco. Ele será ouvido na sub-relatoria da CPI responsável por investigar irregularidades nas operações da Sete Brasil na venda de ativos da Petrobras na África. O sub-relator André Moura, autor do requerimento, informou que ficou "com muitas dúvidas" pois não conseguiu fazer todas as perguntas a Barusco.

A CPI já deve ouvir na quinta-feira (26) o depoimento da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster. Ela foi convocada para substituir o depoimento do ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore, Julio Faerman, que não foi localizado pela CPI.

De acordo com a secretaria da comissão, a informação é que Faerman mora no exterior, mas seu endereço não foi localizado. "Convocamos a Graça [Foster] e vamos ver como vai ser", informou o presidente das comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PR), após reunião fechada com o relator, sub-relatores e líderes partidários.

A SBM é acusada de integrar o esquema da pagamento de propina a funcionários da Petrobras para obter contratos com a estatal. Em depoimento à CPI, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, primeiro a depor, disse que sua participação no esquema começou em 1997, recebendo propina da empresa holandesa.   

O depoimento da ex-presidente da Petrobras já havia sido aprovada pela CPI, mas faltava definir a data. Caso Graça Foster, por algum motivo não compareça quinta-feira, a comissão tentará convocar o doleiro Alberto Youssef, considerado o principal delator da Operação Lava Jato.