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CNT: desaprovação ao governo é de 64,8%

Desempenho pessoal de Dilma tem resultado negativo de 77,7%

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Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT),realizada pelo instituto MDA e divulgada nesta segunda-feira, aponta que a desaprovação do governo da presidente Dilma Rousseff é de 64,8%, enquanto o desempenho pessoal tem resultado negativo de 77,7%. 

O MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 cidades de 25 unidades federativas, das cinco regiões, entre os dias 16 e 19 de março de 2015. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. 

Segundo o levantamento, 45,6% dos entrevistados consideraram o governo atual “péssimo”, enquanto 19,2% responderam como “ruim”. A gestão é regular para 23,6%, enquanto 8,9% consideram boa e 1,9% acha “ótima”. O desempenho pessoal da petista é aprovado por 19%. 

Em setembro, antes das eleições do ano passado, 24% avaliavam o governo como negativo e 41% como positivo, enquanto 35% consideravam regular. 

>> Datafolha: governo Dilma tem 62% de reprovação

A pesquisa também sondou como os eleitores votariam se as eleições do ano passado fossem hoje. A maioria dos eleitores (55,7%) disseram que votariam no senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado pela petista no segundo turno, enquanto 16,6% votariam em Dilma. Outros 22,3% responderam que votariam em branco ou anulariam o voto. 

Dentre os entrevistados, 41,6% disseram ter votado em Dilma no segundo turno das eleições do ano passado, contra 37,8% que escolheram Aécio Neves. Outros 10,8% disseram ter votado em branco e nulo. 

• EXPECTATIVA (para os próximos 6 meses)

Emprego: vai melhorar: 13,9%, vai piorar: 37,0%, vai ficar igual: 45,0%

Renda mensal: vai aumentar: 14,3%, vai diminuir: 49,3%, vai ficar igual: 33,4%

Saúde: vai melhorar: 13,3%, vai piorar: 40,1%, vai ficar igual: 44,5%

Educação: vai melhorar: 15,4%, vai piorar: 42,2%, vai ficar igual: 40,1%

Segurança pública: vai melhorar: 13,1%, vai piorar: 37,7%, vai ficar igual: 46,8%

CONJUNTURAIS• SITUAÇÃO POLÍTICA ATUAL

Escolha: Se a eleição presidencial fosse hoje, 55,7% votariam em Aécio Neves no 2º turno. 16,6% votariam em Dilma Rousseff e 22,3% votariam em branco ou nulo.No 2º turno da eleição presidencial de 2014, 41,6% dos entrevistados afirmaram ter votado em Dilma Rousseff e 37,8%, em Aécio Neves. 10,8% disseram ter votado em branco ou nulo.

Desempenho: Neste início de segundo mandato, 7,5% avaliam o desempenho do governo Dilma Rousseff como positivo e 72,2% como negativo.

75,4% consideram que o segundo mandato da presidente Dilma está pior do que o anterior. 16,4% disseram que está a mesma coisa. Para 2,8%, está melhor. E 4,4% não souberam avaliar.

Itens prioritários: Para 66,7%, saúde deveria ser prioridade neste novo mandato da presidente Dilma. 46,8% consideram educação. As outras prioridades deveriam ser: emprego (24,6%), segurança (23,5%), economia (13,3%), habitação (6,6%), transporte (5,5%) e saneamento (2,6%).

Promessas: Para 81,0%, a presidente Dilma Rousseff não está cumprindo com o que prometeu nesses primeiros meses de atuação. 12,9% consideram que está cumprindo parcialmente. 4,7% disseram que ela está cumprindo sua promessa.

Dilma e Aécio: 38,0% acreditam que se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma Rousseff. Para 32,6%, estaria igual. 17,4% consideram que estaria pior.

• PETROBRAS E CORRUPÇÃO

Responsabilidade: 85,0% têm acompanhado ou ouviram falar das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. Entre aqueles que acompanham ou já ouviram falar, 68,9% consideram que a presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada na Petrobras e 67,9% acham que o ex-presidente Lula é culpado.

Lista: Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram falar das denúncias de corrupção da Petrobras, 75,7% tomaram conhecimento da lista de políticos suspeitos que estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro. Entre os que acompanham ou já ouviram falar das denúncias e tomaram conhecimento da lista, 90,1% acreditam que os nomes citados estão realmente envolvidos no esquema de corrupção.

Punição: Entre os que acompanham ou ouviram falar das denúncias de corrupção na Petrobras, 65,7% acreditam que os envolvidos no esquema de desvio de dinheiro não serão punidos e 57,4% acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção. 

• ECONOMIA E INFLAÇÃO

92,8% estão preocupados com a situação econômica do país hoje. Para 50,1%, o país está parado em relação à economia. 38,0% consideram que está em retrocesso e 7,2% acham que está em desenvolvimento. 63,9% consideram que a inflação está alta. Para 29,2%, está sem controle e 3,1% acham que está baixa. 91,2% disseram que já sentiram os reflexos da inflação.

Preços 

(percentual de entrevistados que consideram que têm aumentado) Água e luz (97,4%), Alimento (95,9%), Transporte (91,2%), Saúde (84,5%), 

Controle da inflação 

68,7% consideram que o compromisso de controle da inflação não será mantido pelo governo federal.

• MEDIDAS CONTRA CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA

66,9% acreditam que as medidas tomadas atualmente pelo governo federal não serão capazes de reverter a crise em que o país se encontra. Entre aqueles que acreditam que as medidas tomadas serão capazes de reverter a crise, 51,0% consideram que os problemas serão resolvidos em um longo prazo (3 a 4 anos).

82,9% avaliam que a presidente Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica. E para 49,5%, até o final do mandato a situação vai piorar. Na avaliação de 63,9%, a atual situação econômica do Brasil é resultado, principalmente, da corrupção. 26,5% consideram que é resultado da má gestão pública.

Reforma política: 51,1% não estão acompanhando as discussões sobre reforma política. 39,6% consideram que uma reforma política contribuirá, em parte, para resolver vários problemas atuais do país, como a corrupção. 14,3% consideram que resolverá totalmente. Outros 33,2% avaliam que a reforma política não resolverá os esses problemas.

Desafios: 50,6% acham que o maior desafio para o Brasil envolve a corrupção. Os outros desafios foram citados nesses percentuais: saúde (37,1%), economia (29,3%), educação (23,7%), segurança (20,2%), emprego (13,9%), investimento em energia (5,4%), saneamento (2,7%).

Corte de gastos: para reduzir despesas e reequilibrar as contas, sem onerar o cidadão, 43,8% consideram que deveria ocorrer uma reforma política. 27,8% acham que o número de ministérios deve ser reduzido. Para 9,0%, é necessário reduzir o número de funcionários terceirizados. 

• CUSTO DE VIDA E EMPREGO

Para 68,6%, em 2015, o custo de vida vai aumentar. 77,2% reduziram suas despesas por causa da situação econômica atual. 82,3% consideram que o preço dos alimentos vai aumentar nos próximos 12 meses. Em relação aos aumentos ocorridos no início do ano (energia, água, combustível), 61,1% avaliam que foram desnecessários. Itens que deverão ter mais peso nas contas pessoais dos próximos 12 meses, na avaliação dos entrevistados: alimentação (72,3%), saúde (33,5%), transporte (29,6%), moradia (23,7%), educação (9,8%), lazer (9,0%).

Emprego: 43,4% têm medo de ficar desempregados.

• POLÍTICA E PROTESTOS

83,2% apoiam a realização de manifestações como forma de protesto. 96,1% dos entrevistados não participaram de alguma manifestação no último dia 15 contra o governo da presidente Dilma Rousseff. 

Impeachment: 59,7% disseram ser a favor de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

• PARALISAÇÃO DE CAMINHONEIROS

83,5% acompanharam as paralisações dos caminhoneiros, ocorridas em fevereiro e março. 24,1% tiveram a rotina afetada pelas paralisações. 65,6% consideram que as paralisações de caminhoneiros tiveram impacto no preço ou na oferta de alimentos

• CRISE DE ÁGUA E ENERGIA

53,7% estão se esforçando muito e mudaram hábitos para reduzir o consumo de água. 59,7% estão se esforçando muito e mudaram hábitos para reduzir o consumo de energia.