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Dilma pede tolerância e defende direito de manifestação

Em evento em Goiânia, a presidente também defendeu relações republicanas entre partidos

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Durante o evento que marcou o início das obras de um corredor exclusivo de ônibus em Goiânia, nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff pediu tolerância, defendeu a democracia e o direito de manifestação da sociedade. Dilma também defendeu relações republicanas entre partidos e disse que governantes têm de trabalhar para todos, independentemente de questões políticas.

“Cumprimento o governador Marconi Perillo, que tem sido um parceiro do governo federal nos desafios que nós enfrentamos, ao longo dos anos em que fomos eleitos, eu para governar o Brasil, ele para governar Goiás. Essa parceria se dá acima das nossas diferentes filiações partidárias. Mas nós somos um País, e isso é importante sinalizar, um País democrático, em que a gente disputa durante a eleição, acabou a eleição, eleitos aqueles que o povo escolheu, a gente passa a governar, ele para toda população de Goiás e eu para toda a população do Brasil", disse Dilma.

"Por isso, os nossos caminhos sempre se encontraram, porque nós somos republicanos e democratas, nós temos a noção da coisa pública e respeitamos uma das questões fundamentais do nosso país, porque foi conquistada, foi conquistada com muito esforço, foi conquistada com muita dor, foi conquistada num processo que muitas pessoas mais novas não viveram, foi conquistada apesar de prisões, de exílios e de mortes", acrescentou a presidente.

Dilma reafirmou a necessidade do respeito à democracia. "Nós temos obrigação de respeitar a democracia. E como é que é a democracia? Direito de todos falarem, todos se manifestarem, porém também direito a todos serem ouvidos. Por isso eu peço tolerância e peço uma outra questão: diálogo. Porque o diálogo implica que a gente olhe o próximo, aquele com quem nós dialogamos, como uma pessoa igual a nós, que a gente tenha a humildade de nos colocar a nível de todos e não nos acharmos nem melhor, nem pior que ninguém".

Ao ser anunciado no evento, o governador goiano foi mais vaiado que aplaudido pelas 3,5 mil pessoas que participavam da cerimônia no espaço onde funciona a prefeitura da capital. Ao discursar, Perillo reagiu às vaias e disse que não estava no local para ser hostilizado.

“Eu vim para receber uma presidenta legitimamente eleita e que tem o meu apoio”, disse. O governador defendeu relações republicanas entre políticos, ainda que de partidos diferentes. “O Brasil não pode ser vítima da intolerância”.

Perillo, que é filiado ao PSDB, legenda de oposição ao governo Dilma (PT), disse que já teve a “coragem de defendê-la” dentro de seu partido. “Para nós, o mais importante é o estado de Goiás e a cidade de Goiânia".