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Parte da mídia mundial diz que protesto foi da "classe média branca"

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As manifestações que aconteceram em todo o Brasil neste domingo foram destaque nos principais veículos de comunicação internacionais. Para a maioria deles, os protestos foram, majoritariamente, constituídos pela “classe média branca”.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os manifestantes eram “predominantemente brancos e de classe média e tomaram as ruas para pedir o impeachment da presidente e, alguns, um golpe militar”, publicou. Ainda segundo o periódico britânico, “entre 10 mil e 20 mil pessoas brancas, de classe média, cantaram o hino nacional e marcharam pela orla de Copacabana”.

Na Espanha, o jornal El Mundo considerou que os manifestantes apresentavam características “patrióticas e predominantemente branca e média alta”. O também espanhol El País disse que “as manifestações se destacaram pela participação da classe média”. 

Já o El Diário enfatizou o protesto em Brasília, citando que “a Esplanada dos Ministérios foi ocupada por milhares de pessoas, em sua maioria brancas, pedindo o impeachment da presidente”.

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O diário argentino Notas ressaltou as demandas dos manifestantes. Segundo o site, “os manifestantes pediram intervenção militar e fizeram comparações entre o Brasil, Cuba e Venezuela. Pessoas vestindo camisetas vermelhas e jornalistas da grande mídia foram perseguidos por uma multidão vestida de verde e amarelo”, destacou.

A revista de economia Forbes chamou os protestos de “festival do ódio”. “Estranhamento, não é a deterioração da economia que irrita os brasileiros. É a política. É a corrupção. Em outras palavras, a política de sempre. E, agora, os brasileiros estão abrindo as janelas dos seus apartamentos, colocando as cabeças para fora e gritando”, diz, em referência ao filme “Rede de Intrigas”, de 1976.

O jornal americano New York Times ressaltou que o impeachment ainda parece uma possibilidade distante, e defendeu a postura de Dilma diante dos protestos. “Em contraste com outros líderes da região que responderam à dissidência com ataques a seus críticos e uso de forças de segurança, a senhora Rousseff assumiu uma postura relativamente pouco confrontadora”, disse o “New York Times”, destacando que a presidente defendeu o direito de protestar dos brasileiros.

Os cartazes pedindo a volta dos militares, e outros reacionários iguais a eles, estavam na passeata, não importa que fosse um só, como aquele que pregava o fim do STF. Se ele estava na passeata, todos os participantes permitiram que ele desfilasse. Não adianta dizer que era uma minoria. Não. Fazia parte daquele grupo que estava com outros cartazes. Não importa se era um só ou vários. Um só apoiado por todos pensam a mesma coisa: a intervenção militar, o fim do STF.