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Dilma admite momento difícil, mas diz que país não vai parar

Presidente abriu a 21ª edição do Salão Internacional da Construção, em São Paulo

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Ao participar da abertura da 21ª edição da Feicon Batimati – Salão Internacional da Construção, realizada no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta terça-feira (10) que o país passa por um momento difícil, mas que não há "uma crise da dimensão que alguns dizem que estamos vivendo". "O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo", disse.

Apesar de sentir as consequências da segunda etapa da maior crise internacional desde 1929, o Brasil, segundo a presidente, é hoje um país diferente. “Não temos mais crise que paralisa e quebra o país. Temos condições de daqui avançar para um outro patamar”. Dilma garantiu que os ajustes que estão sendo feitos pelo governo não vão comprometer as conquistas sociais. “Nós vamos ter de ajustar. Não estou aqui dizendo que vamos acabar com toda a concepção política”. 

Dilma explicou que o sucesso de programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família são os ajustes contínuos e que com as contas públicas não é diferente. Ela reafirmou seu compromisso com o lançamento da 3ª etapa do Minha Casa, Minha Vida.Nós vamos ser um pouco mais audazes, agora vamos para os 3 milhões de unidades habitacionais que nós queremos contratar até o final de 2018”.

A economia brasileira, garante a presidente, tem fundamentos sólidos. “Temos todas as condições de passar a uma nova etapa. Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance até o final deste ano para que os sinais de recuperação comecem a aparecer”, disse. E sinalizou para o setor da construção civil que é fundamental que o setor também apoie o governo no enfrentamento desse processo. Ela lembrou que o setor atingiu um patamar superior nos últimos anos. Uma das variáveis que conduziu a este resultado, segundo a presidente, foi a oferta de crédito que, a partir de 2003, passou de R$ 20,5 bilhões para quase R$ 500 bilhões, atingindo 9,7% do PIB.

Esse crescimento do setor da construção, de acordo com Dilma, refletiu também na geração de emprego no período. “Nos últimos 12 anos o emprego formal mais que dobrou passando de 1,10 milhão em 2002 para 2,78 milhões em dezembro deste ano. É importante sinalizar que uma parte das 544 milhões de pessoas que chegaram à classe média teve na construção civil uma alavanca, o primeiro degrau”.

Dilma finalizou seu discurso afirmando que as medidas de correção que estão sendo tomadas pelo governo, são porque o país tem condições de superar todos os desafios que estão à frente.