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Dilma defende ajuste econômico para manter programas sociais

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A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (6) a aplicação do ajuste econômico do governo e disse que o Brasil entra, a partir de agora, em uma nova fase de enfrentamento da crise. Segundo Dilma, diferentes medidas serão necessárias para ultrapassar a etapa atual e os ajustes têm o objetivo de manter programas sociais, emprego e renda. "O nosso objetivo é sempre fazer mais e melhor. Aprimorar para garantir oportunidades, garantindo acesso a quem mais precisa. Esse é o propósito que move o governo quando nós fazemos correções e ajustes. Uma nova trajetória para que possamos crescer. Queremos melhorar ainda mais o que já conquistamos. Por isso é que estamos fazendo essas correções e esses ajustes”, explicou.

Ela lembrou que, na contramão do que acontecia com o mundo quando começou a crise mundial em 2008, seu governo e o do presidente Lula, reduziram o desemprego e aumentaram a renda dos brasileiros. Segundo a presidente, neste momento os ajustes se fazem necessários para uma nova fase de enfrentamento da crise.

Dilma entregou 1.472 novas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, em Araguari (MG). A presidente disse que a terceira fase do programa vai construir 3 milhões de novas unidades e aproximar o país de zerar o déficit habitacional em algumas faixas de renda mais baixas. “Nós vamos aperfeiçoando [o programa] sistematicamente. Nós vamos lançar o Minha Casa, Minha Vida 3. Com isso mais 3 milhões de brasileiros vão ter acesso à casa própria. Nós temos o compromisso de contratar até o final de 2018, mais 3 milhões. Com isso, nós vamos chegar bem próximos de ficar com uma perspectiva de solucionar integralmente a questão da habitação em algumas faixas de renda mais baixas”, ressaltou a presidente.

Dilma frisou que o Minha Casa, Minha Vida é o maior programa habitacional da história do País e um dos maiores programas habitacionais do mundo. Desde 2009 foram contratadas 3,75 milhões de moradias. Dessas, 2 milhões foram entregues.

Em entrevista após a cerimônia, a presidente disse que para iniciar a contratação da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, serão feitos alguns ajustes no programa. Ela explicou as melhorias realizadas entre as versões do programa para mostrar que as mudanças serão para garantir atendimento da demanda das famílias de baixa renda.

"Quando nós começamos, o piso era de cimento, um concreto um pouco mais forte, mas ele não dá garantia de que a casa não vai ter uma deterioração. Então, mudamos, já conseguimos mudar no Minha Casa, Minha Vida 2 para piso de cerâmica, inclusive, refizemos alguns do Minha Casa, Minha Vida 1. Abrimos um pouco mais as janelas, colocamos a forma de captação de energia mais barata que é a solar térmica, principalmente, para o uso de água de banho. E fomos melhorando. Com essa questão de solar, nós diminuímos a conta de energia para a população de mais baixa renda",exemplificou.

Sobre o Minha Casa Melhor, cartão que concede crédito às famílias do Minha Casa, Minha Vida para mobiliarem suas casas, Dilma esclareceu que ele está suspenso para adequações. Ao contrário do programa habitacional, a inadimplência que ele tem gerado precisa ser corrigida. Por isso, está sendo estudado, por exemplo, incluir o crédito para a compra de móveis e eletrodomésticos no financiamento habitacional.