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Dilma: "Brasil é um  país onde as pessoas enfrentam a verdade sem medo"

Presidente e vice foram diplomados nesta quinta-feira no TSE

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, durante cerimônia de diplomação para o segundo mandato, no Tribunal Superior Eleitoral, que o Brasil é um país onde a verdade não tem mais medo e onde as pessoas enfrentam a verdade sem medo. "Um país que não tem medo de discutir os arbítrios da ditadura e as mazelas da corrupção e do crime financeiro. Não podemos deixar que crimes do passado façam ruídos anacrônicos no presente", afirmou a presidente no seu discurso.

Dilma Rousseff também fez uma referência à eleição de outubro. "Uma eleição democrática não é uma guerra e, por isso, não produz vencidos". Segundo ela, cumprir a vontade popular é uma missão generosa que, ao invés de enfraquecer, fortalece. "Mais importante e mais difícil que saber perder, é saber vencer. Quem vence com o voto da maioria e não governa para todos, transforma a força majoritária em ato mesquinho", ressaltou.

Sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, Dilma enfatizou: "Temos que apurar com rigor tudo de errado que foi feito, principalmente criar mecanismos que evitem fatos com este e que possam novamente se repetir". “A Petrobras vai continuar sendo nosso ícone de eficiência. Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia transformadora do nosso país”, acrescentou. 

“A Petrobras e o Brasil são maiores que qualquer problema, qualquer crise, e por isso temos a capacidade de superá-las. Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas. Punir o crime, não prejudicar o país ou sua economia”, disse. 

A presidente também propôs um "pacto nacional contra a corrupção" e disse que convidará os demais poderes da República e representantes da sociedade para criar medidas. “Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra a corrupção, envolvendo todos os setores da sociedade e todas as esferas de governo. Esse pacto vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa promover a partir do próximo ano. Vamos convidar todos os Poderes da República e todas as forças vivas da sociedade para elaborarmos, juntos, uma série de medidas e compromissos duradouros”, afirmou.

Presidente do TSE diz que não haverá terceiro turno

No seu discurso durante a diplomação de Dilma, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, garantiu que "não haverá terceiro turno" nas eleições de 2014. Mais cedo, o PSDB protocolou no TSE um pedido para cassar o registro de candidatura de Dilma e Michel Temer e para que o senador Aécio Neves seja diplomado presidente da Presidência da República.

"As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que especuladores se calem. Já conversei com a Corte, e esta é a posição inclusive do nosso corregedor-geral eleitoral, com quem conversei, e de toda a composição. Não há espaço para, repito, terceiro turno que possa cassar o voto destes 54.501.118 eleitores", afirmou Toffoli.

Participaram da solenidade de diplomação de Dilma e do vice, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), além de outras autoridades do Judiciário. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney também estiveram presentes.

O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, fez a abertura da cerimônia e designou dois ministros do Tribunal para conduzirem os diplomandos ao Plenário.

Toffoli ocupou o lugar de honra na mesa, sendo que à sua esquerda ficou Dilma Rousseff e Michel Temer e, à sua direta, sentou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski. Os participantes da solenidade ouviram o Hino Nacional, executado pela Banda dos Fuzileiros Navais.

Em seguida, o ministro Dias Toffoli leu e entregou os diplomas à presidente reeleita e, em seguida, ao seu vice.