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Justiça aceita denúncia contra Nestor Cerveró, Fernando Baiano e mais dois

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Nesta quarta-feira (17), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância, aceitou  a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) na sétima fase da operação. Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras; Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal, passam a ser réus no processo. , O doleiro Alberto Youssef, que já virou réus em outras ações, também foi incluído nesta leva. De acordo com a denúncia, as acusações são de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital.

Entre sexta-feira (12) e esta quarta-feira (17), todas as denúncias oferecidas pelo MPF contra 39 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato foram aceitas pelo juiz. Deste total, 23 são ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS  e UTC.

Os 39 denunciados foram separados pelo Ministério Público Federal em seis diferentes ações. Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Waldomiro de Oliveira são citados nas cinco denúncias apresentadas na quinta-feira (11). Youssef e Oliveira foram apontados como operadores do dinheiro pago pelas empreiteiras. Paulo Roberto Costa e Waldomiro de Oliveira viraram réus em cinco processos. Já Alberto Youssef é réu em todos os seis processos originados nesta sétima fase.

Na terça, Justiça havia aceitado denúncia contra 36 investigados 

O juiz federal Sérgio Moro abriu na terça-feira (16) ação penal contra mais dez investigados ligados às empreiteiras Camargo Correa e UTC Engenharia. Além do doleiro Alberto Youseff e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foram denunciados em todas as ações da sétima fase da operação, tornaram-se réus na nova ação penal Dalton Avancini, Eduardo Hermerlino Leite e João Ricardo Auler. Todos são dirigentes da Camargo Correa. Segundo o Ministério Público, a empresa simulou contratos de prestação de serviços com preços superfaturados.

O presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, também passou a ser réu nesta ação. Segundo depoimentos de delação premiada, Pessoa coordenava o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.

Moro já aceitou denuncia contra executivos da Engevix, OAS, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. De acordo com o juiz, há provas de que a Mendes Júnior participava de um “clube” com outras empresas para acertar quem sairia vencedora de licitações com a Petrobras.

“Para permitir o funcionamento do cartel, as empreiteiras corromperam diversos empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato de Souza Duque. Os agentes públicos tinham o papel relevante de não turbar o funcionamento do cartel e de tomar providências para que a empresa definida pelo clube para vencer a licitação fosse, de fato, escolhida para o contrato”, disse o juiz.