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Paulo Roberto Costa presta depoimento em sua casa, no Rio

Objetivo era apurar irregularidades em obra com empreiteira e suposto enriquecimento de Machado 

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa prestou depoimento em sua casa nesta sexta-feira (28) a agentes do Ministério Público, sobre irregularidades em obra da Andrade Gutierrez relacionadas a centro de pesquisa da Petrobras, e também sobre a suposta evolução patrimonial do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado. Os agentes chegaram à residência de Costa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por volta das 14h, e saíram às 16h30 sem falar com a imprensa.

Costa cumpre prisão domiciliar e o depoimento recebeu autorização do juiz federal Sérgio Moro, a pedido da promotora Gláucia Maria da Costa Santana. As investigações estão sob sigilo.

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“Estando o acusado Paulo Roberto Costa em prisão domiciliar por ordem deste Juízo e tendo ele firmado acordo de colaboração premiada com o MPF que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, mas sobre o qual ainda há sigilo, entendo que a oitiva deve ser cercada de cuidados para não ingressar em crimes ou questões de possível competência do Supremo e sobre os quais aquela Suprema Corte mantém sigilo decretado”, escreveu Moro em seu despacho.

Costa fez acordo de delação premiada e, em depoimentos, relatou o recolhimento de propina de fornecedoras da Petrobras para abastecer partidos políticos. Em troca da colaboração, ganhou o benefício da prisão domiciliar. Em um dos depoimentos, comentou que a Transpetro também repassava propina a políticos e que ele próprio teria recebido R$ 500 mil de Sergio Machado, por participação na contratação de navios para a Transpetro. Ele disse ainda que a propina foi paga em dinheiro na casa de Machado, no Rio, e que não lembrava quando o negócio teria ocorrido.