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Lava Jato: Juiz determina libertação de Adarico Negromonte

Sérgio Moro apontou que irmão de ex-ministro atuaria no esquema como "subordinado"

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O juiz federal Sergio Moro revogou na tarde desta sexta-feira (28) a prisão temporária de Adarico Negromonte Filho, um dos 25 presos na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba logo após o anúncio, acompanhado de advogados e sem falar com a imprensa.

No despacho, o juiz alegou que, mesmo que haja provas de que ele participou do esquema criminoso, Negromonte atuaria com um papel de "subordinado", como emissário de Alberto Youssef, responsável pela entrega de dinheiro. Cita ainda que foi levado em conta o princípio de presunção de inocência.

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As advogadas do irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) haviam entrado com pedido de liberdade, já que a prisão temporária venceria nesta sexta. Ele estava detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, depois de ser considerado foragido pela polícia e então se entregar, na última segunda-feira (24). O despacho cita o pedido da defesa e o parecer do Ministério Público Federal (MPF) recomendando a soltura, com restrições. 

Adarico Negromonte fica proibido de deixar o Brasil, de mudar de endereço sem autorização da Justiça e vai ter que entregar seu passaporte em até cinco dias. "Muito embora haja prova, em cognição sumária, de que Adarico Negromonte Filho teria participado do grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef dedicado à lavagem de dinheiro e ao pagamento de propina a agentes públicos, forçoso reconhecer que o papel era de caráter subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos", afirmou Moro.