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Lava Jato: BC bloqueia R$ 47,8 milhões de 16 suspeitos e três empresas

Medida foi uma determinação da Justiça que investiga esquema de corrupção na Petrobras

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Em ofício enviado à Justiça Federal do Paraná, o Banco Central informou nesta quinta-feira (20) que bloqueou R$ 47.887.164,89, referentes às contas de 16 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção e de três empresas investigadas pela Operação Lava Jato. O bloqueio era uma determinação da Justiça.

O juiz Sérgio Moro, responsável pela operação na primeira instância, havia determinado na última terça-feira (18) a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de bens de 16 dos 23 presos na Lava Jato, além das três empresas ligadas aos investigados. 

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Entre os que tiveram os bens bloqueados estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que tinha R$ 3,2 milhões em suas contas, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que somava R$ 8,8 mil.

Nas contas do vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, o Banco Central encontrou a quantia de R$ 22,6 milhões. Almada foi o que teve o maior valor bloqueado. Na conta do presidente da UTC, Ricardo Pessoa havia R$ 10,2 milhões.

Nas contas de Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA; e de Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia, não havia saldo.

Com relação às contas das empresas investigadas, foram bloqueados R$ 6,5 milhões da Hawk Eyes Administração de Bens; R$ 2 milhões da Technis Planejamento e Gestão em Negócios; e R$ 140,1 mil da D3TM Consultoria e Participações.

A Operação Lava Jato investiga suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e empreiteiras.

Confira os valores encontrados nas contas dos executivos de empreiteiras presos na operação:

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS - R$ 46.885,10;

Ricardo Ribeiro Pessoa, responsável pela UTC Participações: R$ 10.138.792,61;

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS: R$ 52.357,15;

Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa: R$ 852.375,70;

José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da Construtora OAS: R$ 691.177,12;

Sergio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior:  R$ 700.407,06;

Gerson de Mello Almada, presidente da Engevix: R$ 22.615.150,27;

João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa: R$ 101.604,140;

Othon Zanóide de Moraes Filho, diretor da Queiroz Galvão: R$ 166.592,14.

Idelfonso Colares Filho, Queiroz Galvão: R$ 7.511,80

Walmir Pinheiro Santana, da UTC Participações: R$ 9.302,59

No Banco Itaú, muitas contas estavam zeradas

O Banco Itaú bloqueou as contas de cinco investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A quebra do sigilo bancário foi determinada pela Justiça Federal em Curitiba na terça-feira (18) e atinge 15 investigados. Com a decisão, será feita uma varredura em todas as instituições bancárias, para o bloqueio de ativos. O empresário Fernando Soares e outros dois investigados estão com as contas zeradas no Itaú e, por isso, o bloqueio não foi possível. 

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Conforme informações do Itaú enviadas ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, a conta-corrente de Ildefonso Colares Filho, diretor presidente da Construtora Queiroz Galvão, tem apenas R$ 4,60 depositados. Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior, tem R$ 21,3 mil conta corrente e R$ 12,7 mil na poupança. O banco bloqueou R$ 6 mil em nome de Agenor Franklin Magalhães, diretor da OAS. Gerson Mello Almada, executivo da Engevix tem R$ 1,4 milhão em uma conta e R$ 15,6 mil, em outra. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia,  tem R$ 4,3 mil depositados.

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