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Presidente do Inep diz que Enem não será cancelado

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Francisco Soares, descartou nesta sexta-feira (14) a possibilidade de o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ser cancelado. “O Enem não será cancelado. É muito importante deixar claro isso. Estamos aqui diante de um fato completamente isolado e que a polícia está investigando”, afirmou.

José Francisco Soares deu entrevista coletiva na sede da Polícia Federal (PF) no Ceará, após a deflagração da Operação Apollo, que investiga uma quadrilha acusada de fraudar o Enem, além de diversos vestibulares e o ingresso em universidades públicas pelo sistema de cotas.

O presidente do Inep disse ainda que vai esperar os resultados das investigações da PF no Piauí para tomar alguma providência. “Há uma investigação em curso na superintendência da Polícia Federal em Teresina, que está trabalhando da mesma foma que essa operação, e nós temos que esperar a conclusão para proceder com as ações”.

A Operação Apollo foi deflagrada simultaneamente nos estados do Ceará, Paraíba e Piauí, onde foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão.

O esquema criminoso tinha seu centro de atuação na região do Cariri, no sul do estado do Ceará, mas a atuação da quadrilha se estendia também pelo estado da Paraíba. Os fraudadores direcionavam a sua atuação aos candidatos interessados em ingressar no curso de medicina de universidades públicas.

A investigação criminal, centralizada na Superintendência da Polícia Federal no Ceará, foi iniciada há 13 meses e, além das prisões realizadas nesta data, propiciou a prisão em flagrante de dois candidatos do Enem 2014 no último sábado (06/11), na cidade de Juazeiro do Norte-CE.

As investigações seguem agora para identificar todos os possíveis beneficiários do esquema criminoso, responsável por fraudes ao Enem 2013 e 2014.

O Inep disse que tem colaborado com as investigações desde o ano passado, fornecendo as informações necessárias à identificação dos investigados e à elucidação da fraude.

Os presos foram indiciados pela prática dos crimes de fraudes em certames públicos e organização criminosa.