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Lava Jato: em ação contra corruptores, PF prende 18 em vários estados

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A Polícia Federal apresentou no final da tarde desta sexta-feira o balanço da 7ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em cinco estados e no Distrito Federal. Segundo a PF, foram cumpridos todos os 49 mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça do Paraná (dois no Recife; um em Jundiaí-SP; um em Santos-SP; dois em Curitiba; um no Distrito Federal; 11 no Rio de Janeiro; 29 em São Paulo; dois em Belo Horizonte).

Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva, mas apenas sete foram cumpridos: dois em São Paulo/capital; dois no Rio de Janeiro; dois em Belo Horizonte; e um no Recife.

A Polícia Federal informou também que foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, todos na capital paulista. Foram cumpridos ainda 14 mandados de prisão temporária: seis em São Paulo/capital; um em Osasco/SP; um em Santos/SP; cinco no Rio de Janeiro/RJ; um em Salvador (este mandado estava previsto para ser cumprido em São Paulo/capital).

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Todos os presos durante a sétima fase da operação são encaminhados para a superintendência da PF em Curitiba. Entre os presos pela PF, está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e três presidentes de empreiteiras: José Aldemário Pinheiro Filho (OAS); Ildefonso Collares Filho (Queiroz Galvão); Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC).

Além de Renato Duque e Jayme Oliveira Filho, que seria ligado ao doleiro Alberto Youssef, os demais 16 presos, todos vinculados a empreiteiras, são os seguintes:

OAS - José Aldemário Pinheiro Filho, presidente; Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho; Alexandre Portela Barbosa; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor; José Ricardo Nogueira.

Engevix - Gerson de Mello Almada, vice-presidente; Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor; Newton Prado Júnior, diretor;

Queiroz Galvão - Ildefonso Collares Filho, diretor-presidente; Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor

UTC - Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente; Ednaldo Alves da Silva; Walmir Pinheiro Santana; Carlos Alberto Costa Silva

IESA - Otto Sparenberg, diretor

Galvão Engenharia - Erton Medeiros Fonseca

 

Cristiano Kok, presidente da Engevix, foi levado em condução coercitiva, mas foi liberado. Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Côrrea, segundo a PF, já é considerado foragido. 

Foram feitas operações de buscas no escritório da Odebrecht. Empresários estranham o fato de nenhum integrante da direção dessa construtora ter tido a prisão preventiva ou temporária decretada pela Justiça.

De acordo com a Polícia Federal um dos mandados de prisão temporária expedidos foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido. De acordo com  depoimento do doleiro Alberto Youssef feito em outubro, Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção ligado à Petrobras.

De acordo com a PF, quem ainda não foi localizado está automaticamente impedido de deixar o país. Será feita uma operação especial de controle de passaporte em aeroportos com o objetivo de localizar executivos de empreiteiras ligadas ao esquema de fraudes e também pessoas que estariam envolvidas em transporte de dinheiro para doleiros.

Nesta nova fase da Operação Lava Jato, o foco são as empresas que pagaram propina. Foi decretado bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. A PF fez buscas em todos os escritórios das grandes empreiteiras citadas no caso.

Foi decretado também o bloqueio de valores de três empresas referentes a um dos operadores do esquema criminoso. Os envolvidos respondem por formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, além de formação de quadrilha. 

À Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que as empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia participavam do esquema de superfaturamento de contratos firmados com a Petrobras e repasse de propina aos partidos. 

Veja os mandados decretados pela Justiça Federal:

Prisão preventiva:

Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa

José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS

Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior

Gerson de Mello Almada, da Engevix

Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia

Prisão temporária

Dalton dos Santos Avancini, presidente da Construtora Camargo Correa

João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa

Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS

Alexandre Portela Barbosa, da OAS

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS

Ednaldo Alves da Silva, da UTC

Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix

Newton Prado Júnior, da Engevix

Otto Garrido Sparenberg, da IESA

Valdir Lima Carreiro, da IESA

Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC

Walmir Pinheiro Santana, da UTC

Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão

Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão

Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef

Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef

Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras

Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras

Fernando Antonio Falcão Soares, lobista

Investigados que sofreram bloqueios bancários:

Eduardo Hermelino Leite

Dalton dos Santos Avancini

João Ricardo Auler

José Ricardo Nogueira Breghirolli

José Aldemário Pinheiro Filho

Agenor Franklin Magalhaes Medeiros

Ricardo Ribeiro Pessoa

Walmir Pinheiro Santana

Sérgio Cunha Mendes

Gerson de Mello Almada

Othon Zanoide de Moraes Filho

Ildefonso Colares Filho

Valdir Lima Carreiro

Erton Medeiros Fonseca

Fernando Antonio Falcão Soares

Renato de Souza Duque

Condução coercitiva:

Edmundo Trujillo, engenheiro, diretor do Consórcio Nacional Camargo Correa

Pedro Morollo Junior, engenheiro civil, OAS

Fernando Augusto Stremel Andrade, engenheiro civil, OAS

Angelo Alves Mendes, engenheiro civil, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A

Rogério Cunha de Olliveira, engenheiro eletricista, diretor da Área de Óleo e Gás -(ANOG) da Mendes Júnior Trading e Engenharia

Flávio Motta Pinheiro, economista, diretor Administrativo e Financeiro da MENDESPREV – Sociedade Previdenciária

Cristiano Kok, presidente da Engevix Engenharia S/A.

Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto

Luiz Roberto Pereira.