O Relatório sobre Erradicação da Pobreza divulgado recentemente pela ONU para o Conselho Econômico Social (ECOSOC) cita o programa do governo brasileiro, o Bolsa Família, como exemplo para o mundo de política pública na área de assistência social. O estudo enfoca ainda que o Bolsa Família contribuiu com 20% a 25% da redução da desigualdade no país nos anos de 2008 e 2009, ao custo de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto), contribuindo ainda para amenizar os efeitos negativos da crise internacional sobre o poder de compra dos mais pobres. O programa beneficia as famílias de baixa renda que precisam manter os filhos na escola, destaca o texto da ONU.
Em outro ponto do estudo, a entidade considera que o aumento do salário mínimo foi uma resposta à crise no Brasil e favoreceu a distribuição de renda no país. A referência feita como política “acessível” em termos econômicos para países em desenvolvimento é apresentada na página 13 do relatório, em um tópico com o título "Assistência Social". "Enquanto a proteção social universal ainda está faltando em todo o mundo em desenvolvimento, muitos países têm sido capazes de reduzir a pobreza e melhorar as condições sociais através da prestação de assistência social direcionadas de transferência de renda com programas direcionados para educação, saúde e outros investimentos de capital humano, como o Bolsa Família no Brasil, Oportunidades no México, Familias en Acción na Colômbia (...)", destaca o texto da ONU.
O estudo diz que países com cerca de 0,5% do seu PIB (Produto Interno Bruto) podem adotar políticas similares ao Bolsa Família.