O jornal norte-americano Miami Herald publicou um artigo no último sábado (21) afirmando que a Copa do Mundo foi um fracasso para o Brasil. Isso porque o país poderia ter aproveitado a oportunidade para reposicionar sua imagem como uma potência tecnológica emergente, superando o estereótipo da nação do carnaval, praias e futebol.
O autor, em seguida, lista uma série de características do país que, segundo ele, não são divulgadas como deveriam. O Brasil é um dos líderes mundiais na construção de aviões, com a Embraer; o Embrapa é um dos institutos líderes de pesquisa na agricultura, tendo desenvolvido, entre outras coisas, um tipo de soja que ajudou o país a se tornar um dos maiores exportadores; o Brasil recentemente iniciou o "Startup Brazil", programa direcionado em tornar o país um centro de inovação, ajudando startups de alta tecnologia a se desenvolverem; o Brasil também começou recentemente o "Ciências sem Fronteiras", programa que dá a oportunidade de intercâmbio acadêmico a 101.000 estudantes brasileiros; por fim, o Congresso aprovou um Plano Nacional da Educação com o objetivo de aumentar o investimento público na educação para 10% do PIB.
O texto lamenta que a presidente Dilma Rousseff não tenha conseguido passar esta mensagem para o mundo durante a Copa. O escritor aponta, ainda, que ela poderia ter utilizado os dias anteriores ao evento para fazer grandes anúncios relacionados à tecnologia, montar fotos dos jogadores em frente a empresas e institutos líderes em tecnologia, ou ter sugerido um logo mais futurístico para salientar o potencial econômico do país.