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Cartel do Metrô: STF mantém no inquérito só José Aníbal e Rodrigo Garcia

Senador Aloysio Nunes não será investigado por ora 

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O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, nos autos do inquérito (Inq 3.815) que apura o esquema de formação de cartel em licitações do metrô de São Paulo, acolheu, em sua maior parte, o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a favor da continuidade das investigações de "fortes indícios" de pagamento de propina pela empresa Siemens.

Também - como propôs o próprio chefe do Ministério Público - os deputados José Aníbal (PSB) e Rodrigo Garcia (DEM), ex-secretários de Energia e de Desenvolvimento do governo paulista, respectivamente, são os únicos indiciados que continuarão a responder às acusações no foro do STF.

Ficam fora deste inquérito o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido, secretário da Casa Civil do governo paulista.

No seu despacho, Marco Aurélio ressalta que nas declarações de um dos delatores do esquema "há indícios do envolvimento dos requerentes Rodrigo Garcia e José Aníbal". Mas entendeu que "é cedo, muito cedo, para chegar-se a conclusão a respeito da participação ou não dos citados parlamentares". E acrescenta: "Por ora, é suficiente ao aprofundamento das investigações o que declarou o colaborador 'X'". (O colaborador citado no despacho de Marco Aurélio é o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer).

Finalmente, o relator do inquérito em curso no STF também concordou com o arquivamento da investigação em relação a Aloysio Nunes, Arnaldo Jardim e Edson Aparecido. O ministro - assim como o chefe do Ministério Público - considerou não haver elementos mínimos para estes três continuassem a ser investigados no Inq 3.815.