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Forças de segurança dizem que há clima ameno para protestos na Copa

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As forças de segurança envolvidas nos preparativos para a Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho, em São Paulo, acreditam em um clima mais ameno para eventuais manifestações antes, durante e depois das 64 partidas do Mundial da Fifa. Na apresentação do plano operacional para o maior evento do mundo do futebol, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio de Janeiro, os representantes citaram ainda o aprendizado obtido há um ano com a realização da Copa das Confederações. 

"O clima é mais ameno do que na Copa das Confederações", afirmou o delegado da Polícia Federal e coordenador regional da PF no Rio de Janeiro, Álex Bersan. Opinião esta que é compartilhada pelo subsecretário de grandes eventos da secretaria de Estado de Segurança, Roberto Alzir. 

"Estamos muito mais preparados. O cenário hoje é menos antagônico", argumentou Alzir, citando ainda que "tivemos um grande aprendizado com a Copa das Confederações". Em junho do ano passado, quando diversas manifestações eclodiram pelo País tendo como estopim o aumento das passagens dos ônibus municipais nas principais capitais, praticamente todas as partidas da competição intercontinental, ao longo das seis sedes, tiveram enfrentamento entre policiais e manifestantes. Carros de delegações da Fifa, por exemplo, chegaram a ser apedrejados e a entidade cogitou o cancelamento do torneio. 

Neste ano, acontecendo de forma mais esporádica, os manifestos se mostraram mais dispersos com grupos mascarados, como os Black Blocs, agindo muitas vezes por conta própria e em número mais reduzido num comparativo com o ano passado.

 "Eles terem perdido força ou não, isso vem sendo acompanhado pelo serviço de inteligência, e com base nisso se aciona um ou outro protocolo", explicou o delegado da Polícia Federal, e coordenador do centro de segurança pública para a Copa do Mundo, Anderson de Andrade Bichara. 

De acordo com a Polícia Militar, responsável pela proteção aos estádios e torcedores diante destas eventuais manifestações, será empregado, a partir do dia 2 de junho, e sendo desmobilizado aos poucos ao término da Copa, no dia 13 de julho, um efetivo total de oito mil policiais militares espalhados nas mais diversas regiões do Rio de Janeiro. Isso desde os pontos de concentração das seleções (Itália, Brasil, Inglaterra e Holanda estarão no Estado do Rio de Janeiro) até mesmo os locais de partida, onde estarão posicionados 2.550 PMs, sendo 360 no lado interno do Maracanã, mais 2.190 nos arredores.

Ainda dentro do estádio que receberá sete partidas da Copa do Mundo, entre elas, a final a ser realizada no dia 13 de julho, a Polícia Civil empregará uma delegacia móvel totalmente integrada com o poder judiciário a fim de que todos os eventuais incidentes possam ser investigados e terem pronta decisão. 

"Qualquer crime dentro do estádio a Polícia Civil tem condição de atuar entrosado com os órgãos do judiciário, de segurança e defensoria pública. Inclusive com perícia móvel, delegados e agentes de várias especialidades. A ideia é esgotar as ocorrências em nossa DP móvel", explicou o coordenador estratégico para a Copa 2014, o delegado da PC Tarcísio Andreas Jansen.