ASSINE
search button

Exército e Força Nacional assumem policiamento em Recife

Mais de 150 pessoas foram presas na onda de saques que atinge o estado

Compartilhar

Vários estabelecimentos comerciais da região metropolitana do Recife foram saqueados desde a noite de terça-feira (13), quando policiais militares e bombeiros de Pernambuco deflagaram uma greve por tempo indeterminado. A chefia de Polícia Civil de Pernambuco informou que 170 pessoas foram detidas desde o início da paralisação da PM. Cento e cinquenta foram levadas a delegacias nesta quinta-feira e 20, ontem. 

Agentes da Força Nacional de Segurança Pública e militares do Exército assumiram, nesta quinta-feira (15), o policiamento ostensivo em Pernambuco. Tropas já começaram a patrulhar ruas do centro e subúrbio do Recife e cidades da Região Metropolitana.

>> PM decide pelo fim da greve em Pernambuco

Segundo o diretor-secretário da Associação Comercial de Pernambuco, Adalberto Arruda Silva, já foram confirmados saques a farmácias, supermercados, lojas de eletroeletrônicos e de calçados. Os saques ocorreram principalmente em Abreu e Lima, onde ônibus foram depredados e a prefeitura decretou ponto facultativo.

“Temos ciência das notícias de saques e de ações violentas, mas ainda não podemos falar em números. Até porque, há muitos boatos. Foi tudo muito repentino e surpreendente. Não esperávamos ações tão agressivas”, afirmou o diretor. 

Na capital, parte dos lojistas do Shopping Recife fechou as portas após um princípio de tumulto cuja origem ainda está sendo verificada. Segundo funcionários de lojas,  não houve furtos ou saques, só um mal-entendido, e parte das lojas reabriu. No entanto, mais tarde, como medida preventiva, a administração do shopping decidiu encerrar o expediente. Nas redes sociais, internautas que disseram ter presenciado a correria garantem que se tratou de um arrastão e que houve grande confusão. 

Já em Jaboatão, temendo boatos, alguns lojistas do Shopping Guararapes interromperam o expediente, mesmo a administração do tendo reforçado a segurança. De acordo com a assessoria do shopping, o movimento de consumidores é bem menor que o habitual.

A pedido do governador João Lyra Neto, o Ministério da Justiça autorizou o envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública para Pernambuco.

Por volta das 19h desta quinta, após assembleia realizada na Praça da República, em frente ao palácio do governo, os policiais e bombeiros militares decidiram pelo fim da greve. "Paramos porque entendemos que a sociedade pernambucana não pode continuar sofrendo", disse Joel Maurino, representante dos policiais.