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'Marcha da Família' tem poucas adesões pelo país

Tumultos foram registrados no Rio e em SP

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Cinquenta anos depois da primeira Marcha da Família com Deus pela Liberdade - movimento deflagrado em 19 de março de 1964 em São Paulo contra o governo João Goulart -, pelo menos 15 capitais tentaram reviver o protesto neste sábado (22).

No Rio de Janeiro, cerca de 150 pessoas, vestindo camisetas pretas, se concentraram na Candelária, no Centro da cidade. Os participantes até a frente da sede do Exército, na Avenida Presidente Vargas. Carregando cartazes, os manifestantes pediram a volta dos militares ao poder.

Houve tumulto quando 200 pessoas surgiram com bandeiras comunistas. Eles chamavam os manifestantes de fascistas. A polícia precisou intervir e dispersou o confronto com balas de borracha.

Em São Paulo, cerca de 200 adeptos do movimento se reuniram na Praça da República com o objetivo de relembrar a marcha anticomunista e de apoio ao golpe militar realizada há 50 anos. Os organizadores pedem uma intervenção militar para retirar do poder os políticos corruptos, moralizar os poderes da República, promover valores morais e então convocar novas eleições apenas para “fichas limpas”. Durante a concentração dos manifestantes houve um pequeno tumulto. Um fotógrafo chegou a ser agredido.

Já em Belo Horizonte, o fiasco da marcha foi maior. Apenas 50 pessoas se concentraram na porta da 4ª Companhia de Polícia do Exército, na rua Juiz de Fora, no Santo Agostinho, região centro-sul da capital. 

A “Marcha da Família Com Deus pela Liberdade” ocorreu em 19 de março de 1964 e reuniu cerca de 500 mil pessoas em São Paulo. A marcha foi uma resposta ao comício que o presidente João Goulart fez na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 13 de março, quando reuniu 200 mil pessoas. 

Já o protesto contra a Marcha da Família reuniu público maior

Também no centro de São Paulo foi realizada neste sábado a "Marcha Antifascista". Convocada através das redes sociais, os manifestantes se dirigem ao Largo General Osório, 66, onde fica o antigo prédio do Doi Codi. A manifestação é foi um protesto contra a "Marcha da Família Com Deus pela Liberdade - O Retorno".