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IstoÉ: documentos indicam que cartel dos trens atuou em SP até 2013  

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Reportagem da revista IstoÉ desta semana revela que o cartel dos trens atuou em São Paulo até 2013, e não apenas entre 1998 e 2008, como se supunha inicialmente. De acordo com a publicação, ao analisarem documentos apreendidos pela Polícia Federal na sede de 13 companhias acusadas de montar um cartel durante governos tucanos, técnicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluíram que o cartel bilionário se perpetuou “até, pelo menos, o momento da realização das operações de busca e apreensão, em julho de 2013”. Isso quer dizer que as empresas continuaram a agir na atual gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). 

As provas apresentadas, além de depoimentos feitos ao Ministério Público, revelam que todas as cinco linhas do Metrô de São Paulo teriam sido alvo de alguma fraude, e a maior parte dos contratos firmados pelas empresas investigadas com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresenta sobrepreço.

Segundo a IstoÉ, documentos em poder do Cade mostram também que mais companhias e executivos estão envolvidos com o cartel. Ao todo, 18 empresas e 109 funcionários são acusados de participar do esquema criminoso, que, além de São Paulo e do Distrito Federal, superfaturou contratos com metrôs de outros três Estados. 

No Rio de Janeiro, há indícios de conluio entre as empresas na licitação para fornecimento de 240 carros – realizada pela secretaria estadual de transportes em 2012. Já em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, as fraudes lesaram as estatais federais Trensurb e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).