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Corrupção: Carlinhos Cachoeira e as denúncias que não param de jorrar

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Na primeira semana de março o Ministério Público Federal em Goiás (MPF) ofereceu mais duas denúncias contra o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Além do bicheiro, outros dois nomes foram citados nas novas denúncias e seriam de cúmplices no esquema criminoso. Geovani Pereira da Silva, responsável pelo controle e administração financeira do grupo, e Gleyb Ferreira da Cruz, auxiliar de contraventor na administração dos bens e negócios, foram acusados pelo crime de evasão de divisas.

De acordo com as denúncias do MPF, o trio promovia a saída de moeda para o exterior sem a autorização legal, sonegando informações necessárias à transação. Eles praticavam um mecanismo conhecido como “dólar-cabo”, que permite a transferência dos recursos sem o conhecimento das autoridades brasileiras, sem o recolhimento de impostos e ainda oculta a origem do dinheiro. Para esse novo crime, a pena prevista é a reclusão de dois a seis anos e multa, que pode ser aumentada de um sexto a dois terços por se tratar de crime continuado. 

A quadrilha liderada por Cachoeira explorava os pontos de Jogo do Bicho em Goiânia e no Entorno de Brasília, onde as máquinas caça-níqueis foram clandestinamente instaladas, já que a organização se mantinha negociando com policiais militares, civis e federais. No final do ano passado, o MPF informou que a Operação Monte Monte Carlo já resultou, na esfera criminal, em quatro denúncias. A primeira delas aconteceu 19 dias após a realização da operação. Oitenta pessoas já foram acusadas de participar da organização criminosa que explorava o Jogo do Bicho em Goiás. No final de 2012, foi proferida a sentença contra sete dos 80 denunciados pelo MPF, com penas maiores para Carlinhos Cachoeira (39 anos e 8 meses), Lenine Araújo (24 anos e 4 meses), José Olímpio Queiroga (23 anos e 4 meses) e Idalberto Araújo, o Dadá (19 anos e 3 meses).

Em julho do ano passado, o MPF apresentou mais duas denúncias, uma contra Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, e outra referente a quatro pessoas por lavagem de dinheiro, entre elas José Olímpio Queiroga. Mendonça foi enquadrada por corrupção ativa e por coação ao juiz federal Alderico Rocha Santos, então responsável pela condução do processo do Caso Cachoeira na Justiça Federal.