ASSINE
search button

SP: manifestação contra Copa do Mundo tem prisão de jornalistas e feridos

Compartilhar

Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no início da noite deste sábado, em meio ao protesto realizado no centro de São Paulo contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Em meio ao tumulto, os repórteres dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, Sérgio Roxo e Reynaldo Turollo, respectivamente, além de Paulo Pisa, do G1, foram detidos. O fotógrafo do Terra Bruno Santos foi ferido na perna. Outros dois fotógrafos foram detidos pela PM.

O ato, que começou por volta das 17h, reuniu cerca de 1,2 mil pessoas. Por volta das 19h, parte dos manifestantes lançaram objetos e lixeiras contra a Polícia Militar, na altura da rua Coronel Xavier de Toledo. A PM reagiu e usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar o tumulto. 

Após a ação da PM, o protesto se dispersou, e pequenos grupos de manifestantes passaram a cometer atos de vandalismo em ruas do centro da capital paulista. Estabelecimentos tiveram suas fachadas danificadas. Na rua Sete de Abril, na região da República, uma agência do banco Itaú foi alvo de manifestantes. 

Manifestantes ficaram feridos em meio ao tumulto. O Terra flagrou pessoas sendo detidas - parte delas por policiais da chamada Tropa do Braço -, mas, até as 19h15, a PM não informou quantas pessoas foram presas no ato. 

PMs cercaram dezenas de manifestantes e os prenderam, na rua Coronel Xavier de Toledo. Entre os detidos está o repórter Sérgio Roxo, do jornal O Globo. No local, policiais fizeram um cordão de isolamento e ameaçaram jornalistas que se aproximaram. 

Protesto teve acompanhamento de tropa especial 

Cerca de 1 mil policiais acompanhavam a manifestação. Além deles, havia PMs à paisana infiltrados entre os manifestantes. Estes policiais integram a chamada "Tropa do Braço" - um grupo especial de agentes treinados em artes marciais para lidar especificamente com situações de protestos.

O anúncio da tropa especial foi feito nessa sexta-feira. De acordo com o porta-voz da PM, capitão Emerson Massera, o esquema de policiamento reforçado, pelo qual até PMs foram convocados de suas folgas, valerá "para que as pessoas tenham a liberdade de se manifestar" e, no caso dos PMs treinados em artes marciais, "para que só se aja de maneira mais agressiva conforme aumente a necessidade".