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Familiares de vítimas da Kiss prometem ocupar MP caso justiça não seja feita

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Durante o ato que lembrou um ano das 242 mortes ocorridas na Boate Kiss, na madrugada desta segunda-feira, familiares indignados com a conduta do Ministério Público ameaçaram ocupar a prefeitura e o Ministério Público, caso não haja justiça. “É muito difícil de falar, mas para o azar de vocês minha prima e outras 241 pessoas morreram ali, e a justiça será feita... o Ministério Público tem que baixar a cabeça, ler o processo e denunciar os culpados, se não houve justiça, nós vamos ocupar o Ministério Público, a prefeitura... que eles sentem a bunda na cadeira e façam o que tem que ser feito”, disse Marília Torres, integrante do movimento Luto à Luta.

A maior crítica dos familiares é referente ao arquivamento do processo do processo de improbidade administrativa contra a prefeitura por parte do Minisitério Público, que teria ignorado o que foi apontado pela Polícia no primeiro inquérito que apurou o incêndio na Kiss.

“Temos que dar uma voz de prisão moral para esse ministério”, dizia Paulo Carvalho, 63 anos, que perdeu o filho na tragédia. Durante a tarde ele indagou o subprocurador do Ministério Público para assuntos institucionais, Marcelo Dornelles, sobre os indícios de improbidade que constam no inquérito, ao que o promotor disse desconhecer.

“Da página 73 a 81 no inquérito... o prefeito diz que não tinha conhecimento do ofício (documento encaminhado pelo Ministério Público apontando 29 irregularidades identificadas por um arquiteto na Kiss), mas o Ministério Público mandou esse documento para ele, a polícia encontrou na prefeitura após uma denúncia anônima, a lei diz que improbidade ocorre por ação ou omissão, mas a denuncia sequer foi feita”, reclama