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Dilma convoca reunião de emergência após protestos contra a Copa

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Após um protesto violento contra a Copa do Mundo em São Paulo, que terminou com um jovem baleado pela Polícia Militar, a presidente Dilma Rousseff decidiu reunir sua equipe para evitar que ações como as de sábado cresçam e atinjam o ápice durante o mundial. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o tema será tratado com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes).

De acordo com informação de auxiliares da presidente, ainda em Lisboa, onde desceu de surpresa e pernoitou antes de seguir para Havana, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo. A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil.

O governo avalia que a radicalização das ruas, em junho, teve como origem a forte repressão feita pela Polícia Militar de São Paulo aos jovens que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus.

Investigação

A SSP divulgou uma nota relatando a abordagem da PM. Segundo a versão oficial, o jovem Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves "resistiu à abordagem, fugiu e atacou um policial". Pelo relato da SSP, dois homens foram abordados por policiais militares em patrulhamento na rua da Consolação.

"Fabrício tentou fugir e foi contido. Os policiais pediram que ele abrisse a mochila para revistá-la, onde foi encontrado artefato explosivo. Em seguida, fugiu, sendo perseguido por dois PMs", narra a nota. A relato afirma que "próximo a um posto de gasolina, o homem sacou um estilete que estava no bolso da calça e se voltou contra um dos PMs. Neste momento, os policiais atiraram e o suspeito caiu no chão, porém, levantou-se e tentou fugir novamente, parando logo depois".

De acordo com a secretaria, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo e a Polícia Civil vão investigar os três PMs que abordaram Fabrício.

Neste domingo, o órgão divulgou um boletim atualizado onde informa que 135 pessoas - 123 eram adultos e 12 adolescentes - foram detidas no protesto na noite de sábado por dano, localização e apreensão de objetos, lesão corporal, resistência, porte de arma, porte de droga, dano qualificado e furto. Todos já foram liberados.

O protesto acabou com três agências bancárias e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana destruídos e um Fusca incendiado. Ao todo, foram registradas 13 ocorrências: nove boletins de ocorrência e quatro termos circunstanciados.