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Cartel no metrô de SP: Cardozo afirma que PSDB não o intimida    

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“Querem criar uma situação contra quem cumpre a lei, e acusá-lo, para tirar o foco de uma investigação séria. E se alguém pensa que vai intimidar o Ministério da Justiça e a a Polícia Federal, vamos é continuar cumprindo, como eu cumpro, a lei que determina investigação criteriosa e imparcial”. A afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, depois da cerimônia de premiação do Prêmio Innovare, nesta quinta-feira (28/11), ao responder a perguntas sobre as representações do PSDB à Comissão de Ética Pública da Presidência da República e ao Ministério Público Federal. 

O partido oposicionista quer a demissão do ministro por ter recebido e repassado, diretamente à PF – e não à PGR – um dossiê sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo as empresas Siemens e Alstom em obras do metrô de São Paulo, durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

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O ministro Eduardo Cardozo considera “lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu, apenas pelo fato de que existe uma investigação, que, obviamente, existe desde 2008”. E acrescentou: “A maior parte dos países em que houve esse tipo de escândalo já investigou e já puniu as pessoas envolvidas. (Neste ponto) o Brasil ainda caminha lentamente. Pedi à Polícia Federal que apurasse. Recebi uma denúncia, e pedi que se avaliasse, nada mais do que isso. Este é o papel de qualquer ministro da Justiça que não quer ser um engavetador como já houve no passado”.

A questão ficou mais complicada depois que parlamentares do PSDB denunciaram que o dossiê repassado pelo ministro da Justiça à PF continha nomes inexistentes na versão inicial. E que a versão feita do inglês para o português de um dos documentos incluiu o nome do partido oposicionista, que não consta do original.