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Mensalão: Gilmar Mendes rebate viés político da execução das penas dos réus 

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, rebateu, nesta quarta-feira (20/11), as manifestações de juristas e intelectuais ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) sobre o caráter "político"das condenações e da execução das penas dos principais réus da ação penal do mensalão.

Cercado por repórteres, antes do início da sessão plenária, o ex-presidente do STF afirmou: "Parece-me um exagero falar em preso político ou em decisão política. A composição da corte passa, basicamente, por pessoas que foram indicadas ou pelo presidente Lula ou pela presidente Dilma Rousseff. Será que eles indicaram pessoas contra seus interesses ou para vergastar o partido do governo?".

Com relação à necessidade de a Câmara dos Deputados formalizar a perda dos mandatos dos parlamentares condenados à prisão - ainda que no regime semiaberto - Gilmar Mendes respondeu: "Esta é pergunta que a gente tem feito. Se há uma posição que exige uma máxima liberdade é a de parlamentar. Eu não consigo imaginar, ainda que estivéssemos em regime aberto, que um deputado tenha que negociar com seu carcereiro deixar entrar às oito horas porque a sessão começou às seis. Isso é nonsense completo. O regime fechado e o regime semiaberto se equivalem, são regimes de prisão. Essas pessoas não estão soltas. Não estão liberadas para passear por ai e voltarem quando quiserem".

O ministro acrescentou que há também outros "constrangimentos", tendo em vista até a pressão de organizações criminosas que podem fazer desse deputado um "refém", a fim de que vote matérias de seu interesse.