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Deputada pede à Itália que informe se há registro de entrada de Pizzolato

Dupla cidadania não pode estar a serviço da impunidade, diz deputada íltalo-brasileira

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A deputada ítalo-brasileira do Parlamento italiano, Renata Bueno, vai pedir oficialmente ao Ministério do Interior daquele país que informe se há ou não registro da suposta entrada de Henrique Pizzolato na Itália. Ela também vai solicitar ao órgão qual é o consulado competente e qual é o atual passaporte válido expedido em nome dele. 

A ideia de Bueno é confirmar a presença de Pizzolato na Itália e descobrir qual foi o consulado que eventualmente lhe concedeu uma segunda via do passaporte (já que a primeira foi entregue ao STF). 

O requerimento também tem por objetivo conferir se o passaporte entregue ao Supremo era um documento válido.

A deputada afirmou que a comunidade italiana no Brasil rejeita a indevida utilização da dupla cidadania por qualquer condenado, especialmente em uma caso grave de corrupção. "É preciso evitar que este direito dado aos descendentes italianos seja usado em favor da impunidade", afirmou. Para ela, a dupla cidadania não pode ser instrumento de burla à execução da pena imposta pelo STF.

Ex-diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão. Seu nome está desde ontem (18) na lista de procurados da Interpol. Segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, ele teria chegado à Itália depois de percorrer 1.600 km de carro até a Argentina.