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Mensalão: total de multas dos réus executados chega a quase R$ 15 milhões

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Brasília - As penas a serem logo executadas de 16 réus condenados na ação penal do mensalão – do regime inicial fechado, passando pelo semiaberto, pelo aberto, e até às penas alternativas (serviços à comunidade, em geral) – compreendem também multas, que devem ser pagas ao Fundo Penitenciário Nacional, em até 10 dias depois do trânsito em julgado das condenações. Tais multas foram fixadas quando da dosimetria das penas e, atualizadas, vão chegar a um total entre R$ 14 milhões e R$ 15 milhões. O réu que não pagar a pena pecuniária será inscrito entre os devedores da Fazenda Pública.

O condenado que vai arcar com a pena de multa mais alta (R$ 3,06 milhões) é também aquele que recebeu a pena corporal (reclusão) mais pesada - o empresário e principal operador do esquema, Marcos Valério (40 anos, 4 meses e 6 dias, pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha). Quem foi punido com a menor multa (R$ 28,6 mil) foi o doleiro Enivaldo Quadrado, condenado por lavagem de dinheiro, mas com pena de prisão convertida em alternativa.

Fotos

Advogados estão aconselhando o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a processar veículos de comunicação que publicaram fotos em que ele aparece com a família em uma praia em Itacaré, sob a acusação de violação da intimidade. 

As multas

Os quatro condenados que começam a cumprir as sentenças em regime fechado e suas respectivas penas, com base em “dias-multa”, são os seguintes:

Marcos Valério (R$ 3,06 milhões); Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil (12 anos e 7 meses, mais R$ 1,316 milhão); Cristiano Paz, ex-sócio de Valério (25 anos, 11 meses e 20 dias, mais R$ 2,53 milhões); Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural (16 anos e 8 meses, mais R$ 1,5 milhão).

Os sete réus que devem ter direito ao semiaberto inicial e suas respectivas penas de multa são:

José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil do Governo Lula (10 anos e 10 meses, mais R$ 676 mil; José Genoino, deputado federal, PT-SP (6 anos e 11 meses, mais R$ 468 mil); Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT (8 anos e 11 meses, mais R$ 325 mil); Simone Vasconcelos, ex-diretora da empresa de Valério (12 anos, 7 meses e 20 dias, mais R$ 263,9 mil); Roberto Jefferson, ex-deputado federal, PT-RJ (7 anos e 14 dias, mais R$ 720,8 mil); Romeu Queiroz, ex-deputado, PTB-MG (6 anos e 6 meses, mais R$ 828 mil); Jacinto Lamas, ex-assessor do extinto PL (5 anos, mais R$ 260 mil).

Os dois condenados com direito a regime inicial aberto e suas multas são: Pedro Corrêa, ex-deputado federal, PP-PE (R$ 1,13 milhão); Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério (R$ 494 mil).

Os três réus com direito a penas alternativas e suas multas são: Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB (R$ 247 mil); Enivaldo Quadrado, doleiro (R$ 28,6 mil); José Borba, ex-deputado federal, PMDB (R$ 360 mil).