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Deputados entram com representação contra procurador Rodrigo de Grandis

Solicitação dos parlamentares pretende esclarecer engavetamento de pedido de colaboração do MP suíço

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Deputados do PT deverão entrar com representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nesta segunda-feira (4/11) contra o procurador Rodrigo De Grandis no Conselho Nacional do Ministério Público por suspeita de engavetar o pedido de investigação do Ministério Público (MP) da Suíça sobre o possível envolvimento de autoridades do governo tucano de São Paulo em um esquema internacional de corrupção. A colaboração pretendia apurar o cartel envolvendo as empresas Siemens e Alstom em contratos com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A representação dos deputados conta com a assinatura do líder da bancada do PT na Câmara, José Guimarães (CE), e os deputados Ricardo Berzoini (SP) e Edson Santos (RJ). No documento, eles solicitam que se apure o que realmente aconteceu com as violações aos preceitos legais que os indícios já apurados apontam. No documento, é solicitado ainda que, caso os fatos sejam verídicos, que haja aplicação de penalidade ao responsável pela omissão na investigação e apuração dos crimes de corrupção no caso do cartel da CPTM.

Os deputados petistas querem maiores esclarecimentos sobre o fato de Rodrigo de Grandis ter engavetado esses pedidos. Para o deputado Renato Simões (PT-SP), houve descumprimento dos deveres do procurador prejudicando uma investigação e não colaborando com o Ministério Público da Suíça, numa atitude que precisa ser melhor explicada.

Neste final de semana, informações publicadas na imprensa informaram que Rodrigo de Grandis engavetou desde 2010 não apenas um, como se divulgou inicialmente, mas oito ofícios do Ministério da Justiça com seguidos pedidos de cooperação feitos por autoridades suíças interessadas na apuração do cartel. O pedido do MOP suíço apurar as movimentações financeiras dos consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de intermediar as propinas, e do ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni, suspeito de ter embolsado R$ 1,84 milhão da Alstom.