Pelo menos 50 mil pessoas participam da Parada Gay de Florianópolis no final da tarde deste domingo, de acordo com os primeiros cálculos da Polícia Militar. A concentração começou diante de um tradicional bar da avenida Beira Mar Norte. Desde as primeiras horas da tarde, milhares de pessoas se aglomeravam no local, usando fantasias e muitas roupas coloridas.
Por volta das 17h, autoridades locais decretaram o início do evento. Milhares de pessoas seguiram pela avenida Beira Mar acompanhando seis trios elétricos. A festa deve prosseguir até a meia noite.
"Já venho aqui há cinco anos e faço questão de chegar cedo", afirmou Adriane Gallo Santin, 31 anos. "Só não vim antes pois minha filha era muito pequena. Hoje, ela se diverte tanto quanto a gente."
Uma série de atividades marcou a Semana da Diversidade em Santa Catarina. Debates, sessões de cinema e até mesmo um futebol com drag queens foram promovidos desde a última terça-feira.
Parada da Diversidade de Florianópolis está em sua oitava edição, e a organização espera que pelo menos 100 mil pessoas passem pela avenida Beira Mar Norte neste domingo. "Neste ano, o nosso tema é o Amor tem Todas as Cores", disse o vereador Tiago Silva, presidente em exercício da Câmara Municipal e organizador da Parada Gay. "Foi uma semana importante que tem a Parada como seu ponto alto."
Contra Feliciano e intervenção na Síria
O deputado federal Marcos Feliciano e a possibilidade de intervenção norte americana na Síria foram alguns dos temas lembrados durante a Parada da Diversidade. Vários participantes levaram faixas e cartazes para protestar contra o deputado, que já fez declarações polêmicas sobre os homossexuais. "Feliciano: o amor não precisa de cura", diziam algumas das bandeiras dos manifestantes.
Uma manifestante nascida na Síria carregava a bandeira de seu país e uma camiseta com identificação do Hezbollah. "Estou aqui para protestar contra essa ameaça de intervenção dos EUA em nosso país", disse Rafitha, que mora em Florianópolis com a família. "Nada melhor do que um evento de conscientização, como a Parada Gay, para alertar sobre a agressão que meu povo está prestes a sofrer”.