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Dilma afirma em pronunciamento que vai propor pacto nacional

Presidente ressalta também que quer ouvir os manifestantes 

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (21/6), em pronunciamento à nação, anunciou que vem acompanhando as manifestações das ruas e ressaltou que essa energia deve ser aproveitada para a melhoria do país. Dilma revelou que para atender às reivindicações colocadas até agora vai propor a prefeitos e governadores um Plano Nacional de Mobilidade Urbana, a destinação dos royalties do petróleo para a educação e a vinda de médicos do exterior para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 “Como presidente, quero ouvir a todos, dentro da lei e da ordem”, disse a presidente. Dilma destacou ainda que o Brasil lutou muito para ser um país democrático e disse que não foi fácil alcançar essa condição. A presidente disse que democracia está consolidada, mas precisa ser preservada. Afirmou que todos tem o direito de defender tudo de forma pacífica, mas uma minoria violenta tenta levar o caos aos centros urbanos. Essa minoria, disse ela, não pode comandar um movimento democrático e toda forma de vandalismo deve ser coibida.

De acordo com Dilma, as reivindicações das ruas ganharam prioridade na agenda política, mas o vandalismo pode colocar em risco essa conquista. Ela destacou ainda que sua geração lutou muito para que o Brasil tivesse a democracia que tem hoje e a geração que agora vai para as ruas luta pelo aprimoramento das melhorias já conquistadas. O protesto das ruas, disse Dilma é contra a corrupção e o desvio de recursos públicos; quer ensino de qualidade, transporte a preço justo e saúde. 

A presidente afirmou ainda que vai receber todas as lideranças das manifestações dos últimos dias, assim como sindicalistas e representantes da sociedade organizada.  Disse ainda que vai propor medidas para ampliar a participação popular nas decisões políticas e propor também mecanismos de maior controle sobre os representantes eleitos pelo povo. Afirmou ainda que a melhor forma de se combater a corrupção é com transparência e rigor.

Por fim disse que os recursos gastos com a Copa das Confederações e com a Copa do Mundo de 2014 foram provenientes de financiamento. “Jamais permitiria o uso de recursos orçamentários para esse fim, em detrimento da saúde, educação e outros gastos voltados para a população”, disse ela.

A presidente também fez um apelo para que os estrangeiros que virão para a Copa do Mundo sejam recebidos de forma hospitaleira, com a mesma hospitalidade que os brasileiros são recebidos no exterior quando viajam para assistir a esses eventos em outros países.