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OAB: Joaquim Barbosa não gostaria de ouvir que juízes são preguiçosos

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O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, rebateu hoje (16) as críticas feitas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, à classe dos advogados brasileiros. Barbosa disse que os advogados só  despertam diariamente depois das 11 horas. 

Segundo Damous, o presidente do STF não gostaria que os advogados também generalizassem e dissessem que "os juízes são preguiçosos e não proferem as suas decisões nos prazos previstos em lei e que são os maiores responsáveis pela morosidade do Poder Judiciário".

Segue o comentário do advogado Wadih Damous a propósito da piada de Joaquim Barbosa com a classe dos advogados:

"A presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não é local para formular piadas. Na verdade, a 'piada' do ministro Joaquim Barbosa causou profunda ofensa à advocacia brasileira. A maioria esmagadora dos advogados brasileiros tem que acordar muito cedo para sobreviver com a sua profissão. Generalizações desse nível são um desrespeito. Aliás, quando os advogados propõem que os tribunais abram mais cedo é porque querem trabalhar, ao contrário do que pensa o ministro Barbosa. Com certeza, o presidente do STF e do CNJ não gostaria que os advogados também generalizassem e dissessem que os juízes são preguiçosos e não proferem as suas decisões nos prazos previstos em lei e que são os maiores responsáveis pela morosidade do Poder Judiciário. O ministro Barbosa deveria se abster de comentários desairosos desse tipo, como é useiro e vezeiro em fazer. O que se espera do CNJ é que cumpra com a sua missão constitucional de fiscalização e planejamento estratégico do Judiciário e não piadinhas de mau gosto".