Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga denúncias contra as universidades particulares do estado protocolaram, nesta quinta feira (21/03), uma Ação Civil Pública na 14ª Vara da Justiça federal pedindo a intervenção do Ministério da Educação nas universidades administradas pelo Grupo Galileo de Ensino. A iniciativa foi acompanhada de um ato público que reuniu estudantes, professores e representantes do Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (Sinpro-Rio).
Relator da comissão, o deputado Robson Leite (PT) disse que a intervenção está prevista no Regimento do ministério e é necessária para garantir as aulas e a formatura dos alunos, além do pagamento dos professores. “As universidades administradas por esse grupo estão falidas, grande parte das dívidas é por questão de aluguel dos espaços onde as instituições estão localizadas e alguns desses locais já foram tomados pelos proprietários dos terrenos”, frisou o parlamentar. O grupo é responsável pela gestão da Universidade Gama Filho e da UniverCidade.
As declarações do deputado foram confirmadas pelo presidente do Sinpro-Rio, Wanderley Quêdo, que afirmou que esse problema não atinge apenas professores e alunos, como também funcionários e suas famílias. Segundo ele, somando as duas universidades, são cerca de 60 mil pessoas atingidas pela questão, que engloba atraso de pagamentos de salários, de férias e do recolhimento de FGTS. O presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), adiantou que o relatório final dos trabalhos deve ficar pronto na próxima semana, e que existem provas contra os administradores do Grupo Galileo e de outras universidades.
“A CPI está concluindo o relatório, mas precisamos de uma solução mais imediata. Na próxima quarta-feira (27/03), teremos uma reunião na Comissão de Trabalho da Casa, que eu também presido, sobre este assunto. Tentaremos garantir a presença dos gestores do grupo Galileo para que possam dar explicações”, acrescentou o pedetista.